Piauí é citado em fraude de vestibular de Medicina

Quadrilha desbaratada em dezembro passava o gabarito para o candidato através de SMS ou ponto eletrônico, por até R$ 90 mil

Fernando Correia Lima, presidente do Conselho Regional de Medicina | Andrê Nascimento
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Em dezembro passado, uma quadrilha que vendia vagas em vestibulares de Medicina em seis Estados, incluindo o Piauí, foi desbaratada pela Polícia Federal. O caso ganhou repercussão nacional essa semana, e o meionorte.com conversou com o presidente do Conselho Regional de Medicina, Fernando Correia Lima, sobre o caso.

A quadrilha passava o gabarito para a pessoa que havia pagado pelo serviço através de mensagens SMS ou por um ponto eletrônico. Cada pessoa pagava entre R$ 60 e 90 mil. 15 pessoas foram presas, e a quadrilha atuava há cerca de 15 anos, no Piauí, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Goiás e Espírito Santo.

?Teoricamente, as pessoas aprovadas dessa forma não teriam condição de cursar medicina?, comentou Fernando Correia Lima. O médico lembrou que, há alguns anos, vários cursos foram excluídos da UFPI (Universidade Federal do Piauí) e os alunos puderam escolher para que outro curso migrariam. ?Os mais escolhidos foram direito, engenharia e medicina. Desses que foram para medicina, 80% não conseguiram se formar?, relatou.

O médico também afirmou que os que tiverem se formado após comprar o vestibular podem perder o direito de exercer a medicina. ?Com certeza serão julgado severamente pelo que fizeram?, disse. ?Além do aspecto criminal, essas pessoas têm de responder pela condição ética?.

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