O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) publicou, na tarde desta terça-feira (7/7), em uma rede social, que estaria acionando o Ministério Público Federal (MPF) para que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) responda por crime contra a saúde pública após ter tirado a máscara de proteção durante entrevista coletiva em que ele anunciava estar com covid-19.
Durante a entrevista, o presidente pediu para que os jornalistas se afastassem dele. "Vou mostrar minha cara", explicou, dando alguns passos para trás removendo a proteção do rosto. "Espera um pouquinho aí. Vou me afastar um pouco aqui. Afasta aí, afasta aí, afasta aí", disse, pedindo depois que um microfone de lapela que estava preso à sua camisa fosse solto.
Segundo Freixo, o presidente ‘colocou deliberadamente a vida dos demais em risco’, por saber que estava contaminado com o novo coronavírus e mesmo assim ter retirado a máscara. “Esse vídeo é o flagrante do crime”, afirmou, fazendo alusão à entrevista.
Exame positivo
O presidente confirmou nesta terça-feira que o exame de covid-19 que fez no dia anterior testou positivo. Nesta segunda (6/7), ele foi ao Hospital das Forças Armadas, em Brasília, onde também realizou exames nos pulmões, que não acusaram nenhum problema nos órgãos.
Bolsonaro contou que sentiu mal-estar no domingo e que teve febre, sendo orientado a fazer os exames. Ainda segundo ele, já na segunda-feira começou a tomar hidroxicloroquina e azitrominicina e que a melhora foi ‘quase imediata’.
O presidente é defensor do uso da cloroquina, apesar de não haver estudos conclusivos sobre a eficácia do medicamento contra a covid-19. A agenda do presidente segue mantida por meio de videoconferência.