Funcionária do MEC foi morta após se recusar a fazer sexo com acusado

Em depoimento aos policiais, ele disse que, na sexta-feira, ofereceu uma carona à vítima

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) encontrou, nesta segunda-feira (26), o corpo da advogada Letícia Sousa Curado Melo, de 26 anos. A vítima foi localizada à beira da DF-250, próximo ao Vale do Amanhecer, em Planaltina.

Funcionária do Ministério da Educação (MEC), ela estava desaparecida desde a última sexta-feira (23), quando saiu para trabalhar. Um suspeito do crime, Marinésio dos Santos Olinto, está preso e confessou o crime. Em depoimento aos policiais, ele disse que, na sexta-feira, ofereceu uma carona à vítima. Ela seguia para a Rodoviária do Plano Piloto.

O corpo foi encontrado por volta das 14h. Segundo a Polícia Civil, foi o suspeito quem levou os investigadores ao local.

No meio do caminho, Marinésio teria assediado a advogada sexualmente. Segundo a versão do suspeito, a vítima rejeitou os avanços e ficou assustada. O homem afirma que, nesse momento, teria enforcado Letícia até a morte.

O suspeito alega que não estuprou a vítima. O corpo da jovem foi encontrado vestido, dentro de uma manilha. Um laudo cadavérico vai afirmar se houve abuso sexual ou não.

Prisão do suspeito

Marinésio dos Santos foi detido no domingo (25), depois que vídeos de câmeras de segurança mostraram a vítima entrando no carro dele, em uma parada de ônibus de Planaltina.

No veículo do homem, policiais encontraram objetos de Letícia. O suspeito é cozinheiro, mora no Vale do Amanhecer e não tem antecedentes criminais.

Segundo o delegado Fabrício Augusto Paiva, chefe da 31ª Delegacia de Polícia, todas as pistas indicam para a participação de Marinésio no crime. O homem é casado e tem uma filha de 16 anos.

"Ele é o único suspeito. Ele está na cena do crime e toda a investigação que estamos fazendo aponta no sentido de que ele praticou o crime. Todas as vezes em que ele é confrontado, ele se desvencilha."

O desaparecimento

Letícia mora no Setor Arapoanga, em Planaltina com o marido e o filho, de 3 anos. Ela saiu de casa por volta das 7h de sexta-feira (23). As imagens de um circuito de segurança mostram o momento em que a advogada entrou no carro do suspeito, uma Blazer prata, às 7h42, em uma parada de ônibus perto de casa.

A família começou a se preocupar com o desaparecimento depois que a advogada não apareceu para almoçar com a mãe – elas haviam combinado de se encontrar ao meio-dia. A mãe ligou para ela e para o marido, sem sucesso.

O marido começou a tentar contato com Letícia, mas, por volta das 15h, uma mensagem enviada por ele não foi vista. Ele foi à delegacia por volta das 18h30 e registrou ocorrência.


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