Um funileiro teve o rosto desfigurado após ser espancado enquanto atendia uma cliente em Ilha Comprida, no litoral de São Paulo. Imagens mostram o agressor aplicando golpes seguidos em um ataque de fúria, sem que a vítima tivesse chance de defesa. Ninguém foi preso.
O crime aconteceu em um estacionamento ao lado de uma residência na Avenida Copacabana, no bairro Balneário Monte Carlo, segundo a polícia. De acordo com a vítima, Claudemir de Moura, de 34 anos, uma cliente havia solicitado os serviços de manutenção em carro, que havia quebrado.
Chegando ao endereço, ele se deitou na calçada para avaliar os problemas do veículo. Em seguida, foi surpreendido com os primeiros golpes. "Eu não lembro de nada. Quando vi, o cara já veio e me agrediu. Durante a agressão eu mal consegui vê-lo, só depois fiquei sabendo quem era", conta.
Nas imagens, é possível ver duas sequências de agressões. Primeiro, a dona do veículo consegue afastar o homem que, em um acesso de fúria, golpeia o rosto do funileiro. Eles chegam sair do campo de visão da câmera, mas a vítima reaparece e é derrubada pelo agressor novamente.
Segundo a vítima, foi a própria cliente que o socorreu e o encaminhou para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ilha Comprida. Por conta da gravidade dos ferimentos, Moura foi levado para o Hospital Regional de Registro, onde ficou internado por quase uma semana.
"Tive fraturas no rosto, abaixo do olho, no nariz. Estou aguardando cirurgia para colocar placa e parafuso de platina", conta ele, que passará por novas consultas médicas nesta semana antes de se submeter ao procedimento cirúrgico. A face do funileiro ficou desfigurada.
Investigações
Moura reclamou sobre a forma que o caso foi registrado pela Polícia Civil. "Fizeram o boletim de ocorrência como lesão corporal, mas eu não entendi. Eu quase morri. Foi tentativa de homicídio", reclama o funileiro. Ele já pediu ao delegado do caso que o agressor seja indiciado pelo crime.
Segundo ele, o agressor é conhecido como Ronaldo. No ano passado, a vítima já havia se desentendido com ele quando estava se divorciando. "Ele quis comprar a briga da minha ex-esposa, quis partir pra cima de mim. Mas eu nem falava com ele, não tínhamos inimizade", conta.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso segue registrado na Delegacia Sede do município, que nesta semana, continuará as investigações. Até esta segunda-feira (13), o registro da ocorrência ainda era de lesão corporal, o que pode ser alterado nos próximos dias.