Após as fortes chuvas que abalaram a cidade de Teresina, uma das quatro galerias do bairro Renascença III, zona Sudeste de Teresina, transbordou, alagando casas, provocando deslizamento de terra e vários transtornos.
Os moradores, que já denunciaram o problema à Superintendência de Desenvolvimento Urbano Sudeste (SDU/Sudeste) várias vezes, temem as próximas chuvas. As casas da Rua 6 são as mais prejudicadas.
O problema existe há vários anos. A Prefeitura Municipal de Teresina, através da SDU Sudeste, fez uma intervenção no local, mas pouco adiantou. De acordo com os moradores, a obra sequer foi concluída.
“Eles apenas colocaram uns tijolos e colocaram cimento, mas nada que resolvesse o problema”, conta a moradora Mara Ferreira. Ela reside em frente a galeria e teve a casa alagada durante as últimas chuvas.
A história se repete com outros moradores da região. Além do transbordamento da galeria, a chuva também trouxe outros prejuízos. A comerciante Rosa Almeida e a família tiveram a casa inundada por conta de um muro que separa a casa de uma construção.
“Foi a primeira vez que aconteceu e alagou quase tudo. Quando fechar o muro, vou ficar com medo novamente”, decalara a comerciante, que perdeu colchões, móveis e eletrodomésticos.
Revitalização de galeria não foi iniciada
De acordo com a Prefeitura de Teresina, em janeiro de 2014 a Secretaria Municipal de Planejamento (Semplan) iniciou o processo de licitação de projetos executivos para a construção de galerias em vários pontos da cidade, somando o valor de R$ 18 milhões em investimentos. O bairro Renascença era um dos contemplados.
No entanto, os moradores afirmam que pouco foi feito. "É difícil porque esse período chuvoso é um dos piores e a prefeitura não faz nada, por isso não temos a quem recorrer", conta uma moradora que preferiu não se identificar.
Em dezembro de 2014, a reportagem conversou com o então gerente de Obras da Superintendência de Desenvolvimento Urbano da zona Sudeste (SDU/Sudeste), que informou que a revitalização da galeria da Vila Andaraí deveria ser finalizada até agosto de 2015.
Porém, nenhuma intervenção foi iniciada até o presente momento. Desta vez, a reportagem não obteve retorno sobre a questão até o fechamento desta apuração.