O adolescente que segundo testemunhas estava na garupa da moto aquática que atingiu e matou a menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, em Bertioga, no litoral de São Paulo, foi ouvido nesta terça-feira (13) pela Polícia Civil em Santos. Em seu depoimento, o garoto contou que o dono do equipamento, padrinho do outro adolescente que manuseava a moto aquática, autorizou o uso do veículo.
O jovem também contou que, após a autorização, o caseiro da família abasteceu a moto aquática, a colocou no mar e entregou a chave para o outro adolescente. O jovem ligou o veículo, mas não prendeu a chave no pulso. O equipamento girou na água e seguiu descontrolado até a areia, onde atingiu a menina.
Grazielly morreu no dia 18 de fevereiro. A moto aquática já passou por perícia. O engenheiro do Instituto de Criminalística que a analisou disse que foi encontrado um problema que pode ter contribuído para o acidente. Segundo ele, o equipamento ficou ligado por menos de 60 segundos.
O advogado da família de Grazielly vai pedir à Polícia Civil que uma nova perícia seja feita no equipamento. ?A perícia deveria ser feita por um expert, um engenheiro mecânico?, afirmou José Beraldo. Segundo o advogado, a perícia foi feita por um engenheiro civil, que não tinha conhecimento sobre a moto aquática. Ele acredita que isso pode ter prejudicado o resultado.