Gel brasileiro antiaids é testado

Gel brasileiro antiaids é testado

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Desenvolvido h? 13 anos pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), em conjunto com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Funda??o Ataulpho Paiva, um gel brasileiro a base de algas marinhas para preven??o da Aids est? sendo testado na Inglaterra. Utilizado por mulheres antes das rela?es sexuais, o gel microbicida est? sendo avaliado desde o in?cio do m?s no Saint Georges Medical School, de Londres, institui??o especializada em testes em tecidos da regi?o genital feminina, como a vagina e o colo do ?tero.

De acordo com a coordenadora do Laborat?rio de Virologia da UFF, Isabel Paix?o, os testes s?o feitos a partir da t?cnica de explantes, que permite que tecidos humanos sejam retirados e mantidos vivos em laborat?rio para a aplica??o de subst?ncias. Segundo ela, a tecnologia est? sendo transferida e passar? a ser utilizada no Brasil ainda este ano, para o teste tanto do gel como de outros tipos de subst?ncias de interesse m?dico.

"A grande contribui??o da Inglaterra ? que eles est?o trazendo uma t?cnica que n?s n?o t?nhamos, mas ela ? simples e ser? facilmente realizada no Brasil", disse a pesquisadora respons?vel pelos estudos que comprovaram o efeito das algas contra o HIV.

Encontrado em algas marinhas pardas n?o-t?xicas encontradas em abund?ncia no Atol das Rocas (RN), mas presentes em outros pontos do litoral brasileiro, o agente qu?mico que serve de mat?ria-prima para o gel ? capaz de inibir em at? 95% a multiplica??o do v?rus da aids. A subst?ncia foi isolada pela pesquisadora Val?ria Teixeira (UFF) entre 1995 e 2000. A partir de ent?o, as pesquisas passaram a envolver tamb?m cientistas do Instituto Osvaldo Cruz e da Funda??o Ataulpho de Paiva.

Ao mesmo tempo ? avaliado em Londres, o gel come?ou a ser testado este m?s no Brasil em camundongos. De acordo com a pesquisadora da UFF, at? agora n?o foram encontrados efeitos t?xicos, repetindo resultados anteriores alcan?ados em c?lulas humanas sang??neas isoladas em laborat?rio.

Para Paix?o, a aus?ncia de toxidade, o baixo custo de produ??o e a autonomia que o produto pode dar ?s mulheres na preven??o ? aids s?o as principais vantagens do gel em estudo. "A maior import?ncia ? dar ? mulher certa independ?ncia. Ela pode se prevenir mesmo se o homem n?o quiser usar camisinha", destacou.

Os testes que come?aram este m?s em Londres e prosseguem at? o final deste ano tanto na Inglaterra como no Brasil. Em caso de resultado positivo, o gel poder? ser testado em mulheres a partir de 2009.

A estimativa da pesquisadora ? que a fase cl?nica, de testes em humanos, dure at? dois anos, antes que o gel possa ser definitivamente aprovado. Somente ent?o, pode se pensar num processo de produ??o em escala. A cientista alerta, no entanto, que o gel n?o substituir? o uso de preservativos na preven??o de outras doen?as sexualmente transmiss?veis, j? que sua a??o protetora diz respeito apenas ao HIV.

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