As gêmeas siamesas Eva e Erika Sandoval, de dois anos, se encontraram pela primeira vez nesta segunda-feira (12) desde que foram separadas por uma cirurgia no dia 6 de dezembro. O procedimento - realizado no Hospital Infantil Lucile Packard de Stanford, na Califórnia, Estados Unidos - foi uma maratona de 17 horas.
Eva e Erika vinham se recuperando no mesmo quarto, mas não conseguiam se ver. Nesta segunda, seus pais e a equipe de cuidados intensivos levaram Erika até a cama de Eva para promover o encontro.
"Foi uma alegria tão grande ver as garotas uma ao lado da outra novamente", disse a mãe das gêmeas, Aida Sandoval.
A médica Meghna Patel, que está cuidando da Erika na unidade de terapia intensiva pediátrica, disse que as duas estão bem. "Elas não tiveram complicações significativas", disse.
Antes da cirurgia, as garotas compartilhavam bexiga, fígado, partes do sistema digestivo e uma terceira perna. Cada garota ficou com partes dos órgãos que dividiam e cada uma ficou com uma perna. O terceiro membro foi usado para retirada de pele para cobrir os ferimentos da cirurgia. As duas garotas provavelmente precisarão de uma prótese de perna, segundo os médicos.
As meninas estão respirando sem auxílio de equipamentos e devem continuar se recuperando da cirurgia por mais uma semana no hospital antes de sair da UTI para outra unidade de tratamento.
O nascimento de gêmeos siameses ocorre em um a cada 200 mil bebês. Cerca de 50% desses gêmeos são natimortos e 35% sobrevivem apenas um dia, segundo a o Centro Médico da Universidade de Maryland.
Apenas algumas centenas de cirurgias já foram bem-sucedidas em separar gêmeos congênitos. Médicos de Stanford calcularam que havia um risco de 30% de que uma das gêmeas não sobrevivesse.