O ex-governador de São Paulo e candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) prestou depoimento na tarde desta quarta-feira (15) no Ministério Público estadual para inquérito no qual é investigado por suspeita de caixa dois nas campanhas eleitorais de 2010 e 2014. O caso está na Justiça Eleitoral do estado.
O nome de Alckmin aparece nas delações premiadas de três ex-executivos da Odebrecht. De acordo com os delatores, o tucano recebeu R$ 2 milhões na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em 2010 e outros R$ 8,3 milhões quando se reelegeu, em 2014. Os valores não teriam sido declarados na prestação de contas oficial, enviada à Justiça Eleitoral.
Alckmin vinha negando as acusações e informando que prestaria os esclarecimentos à Justiça.
Nesta quarta-feira, o candidato à Presidência da República não conversou com a imprensa ao chegar e ao sair do depoimento, que durou cerca de uma hora na Promotoria de Patrimônio Público e Social de São Paulo.
O advogado de Alckmin contou que o ex-governador respondeu a todas as perguntas e que foi um depoimento tranquilo. Na opinião dele, a investigação não vai virar uma denúncia.
Investigação por improbidade administrativa
Alckmin, como governador, tinha foro privilegiado. O caso foi, inicialmente, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, no fim de 2017.
Como Alckmin renunciou ao cargo para disputar as eleições presidenciais de outubro, ele perdeu o foro privilegiado. Com isso, o caso foi encaminhado para a Justiça Eleitoral em São Paulo.