Geraldo Alckmin omite erros para recontar crise da água

Candidato à Presidência omite lado obscuro da crise hídrica de SP.

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No período em que já se planejava para candidatura à Presidência em 2018, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) esteve em Pernambuco para fazer vistorias em relação ao uso de bombas hidráulicas em um trecho da transposição do rio São Francisco. Sem custos, elas haviam sido emprestadas por Alckmin a estados do Nordeste do país.

As bombas hidráulicas são os mesmos equipamentos empregados emergencialmente pelo governo de São Paulo, no período de 2014 e 2015, para captar água do fundo de represas quando a grande capital paulista vivia uma seca e grave risco de desabastecimento.

O empréstimo dos equipamentos ao Nordeste, que estavam encostados, serviu para que o tucano aumentasse sua presença  em uma região no qual não tem muita popularidade. Esse foi o gancho que o governador começou a usar como plataforma política nacional. O discurso oficial do candidato à Presidência em redes sociais, entrevistas e propagandas pagas pelo governo, infla dados e omite todo o lado obscuro da crise hidríca de São Paulo.

Exemplo disso é a recente entrevista do tucano à rádio Jovem Pan, onde ele se posicionou como futuro candidato. Citou problemas da seca do Nordeste e aumentou a importância de dados ao dizer que todas as cidades do interior paulista estão com 100% de atendimento de água, coleta e tratamento de esgoto.

Em debate televisivo, Alckmin afirmou que não faltava água em São Paulo, em detrimento aos relatos de torneiras secas e forte racionamento de água. Em meio ao auge da crise hídrica paulista, famílias relatavam que 15 a 20 horas as torneiras estavam secas em suas casas. Em resposta às críticas de sua gestão, o tucano afirmou que as medidas de controle do consumo de água foram tomadas conforme a gravidade. Ele nega a falta de transparência ou de planejamento.

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