Cirurgia Minimamente Invasiva para Glaucoma:
uma nova alternativa de tratamento
Causado na maioria dos casos pelo aumento espontâneo da pressão de dentro do olho, o glaucoma pode provocar lesões definitivas ao órgão, o que leva à perda gradativa da visão. A doença é a principal causa da cegueira irreversível no mundo. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 60 milhões de pessoas possuem glaucoma, mas apenas 50% têm conhecimento disso. Estima-se que em 2020 esse número chegue a 80 milhões.
A novidade é que um procedimento inovador vem sendo realizado no Brasil, considerado um avanço no tratamento da doença: a Cirurgia Minimamente Invasiva para Glaucoma, ou MIGS, sigla em inglês que significa Minimally Invasive Glaucoma Surgery.
“É uma cirurgia alternativa aos procedimentos tradicionais, que são mais invasivos. Uma das modalidades de MIGS consiste em introduzir um dispositivo muito pequeno, chamado iStent, no ângulo da câmara anterior, localizado entre a íris e a córnea, onde o líquido de dentro do olho é drenado. Esse dispositivo permite uma maior drenagem do líquido, reduzindo a pressão intraocular”, comenta o Dr. Luiz Alberto Melo, oftalmologista e especialista em Glaucoma.
Uso do colírio após a MIGS
O glaucoma é considerado uma doença silenciosa devido à ausência de dor ou outro sintoma agudo na maioria dos casos. No início, acomete a visão periférica, afetando o que o paciente enxerga nas laterais, tornando a percepção de perda da visão difícil de ser notada.
Após o diagnóstico, o controle da pressão intraocular é normalmente realizado pelo uso de colírios, que evita a progressão da lesão no nervo óptico. Em casos mais avançados, é necessário o uso de mais de um medicamento. Quando os colírios falham na regulagem da pressão, recorre-se ao uso de laser ou cirurgia.