A família do servidor municipal Gilberto Ferreira do Amaral, identificado pela Polícia Civil como o responsável pelo atentado que matou o candidato a prefeito Zé Gomes (PTB) e feriu o vice-governador de Goiás, José Eliton (PSDB), se mudou de Itumbiara, no estado de Goiás, com medo de represálias. A polícia já começou a ouvir alguns parentes para identificar qual a motivação do homem para o crime.
No atentado, além do candidato a prefeito, morreram o atirador e o policial militar Vanilson João Pereira. José Eliton e o advogado da Prefeitura de Itumbiara, Célio Rezende, foram baleados, mas não correm risco de morte. Eles deixaram a UTI do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), mas seguem internados.
“Momentos depois do tiroteio, a mãe e as irmãs do Gilberto deixaram a cidade com medo de que houvesse represálias contra a família. Fomos até a casa de alguns outros parentes e não localizamos ninguém. Algumas pessoas já foram ouvidas pela força tarefa que está na cidade para tentar entender a motivação do crime”, explicou o delegado da Superintendência da Polícia Judiciária e porta-voz da operação, Gustavo Carlos Ferreira.
Gilberto era funcionário público, mas estava licenciado de seu cargo na Secretaria Municipal de Saúde por assuntos particulares. Segundo a polícia, atualmente ela atuava como cabo eleitoral de um vereador de uma das coligações adversárias à de Zé Gomes.
“Pelos levantamentos dos delegados, ele tinha um perfil de instabilidade emocional, muito passional e envolvido na política”, completou o delegado.
A Polícia Civil informou que não descarta nenhuma linha de investigação. “A polícia começou querendo identificar a dinâmica de como ele praticou essa conduta. E também a passos largos e firmes, nós estamos buscando a motivação. As investigações prosseguiram de maneira muito satisfatória e esperamos que nas próximas horas possamos apresentar essa motivação”, relatou.