Geisy Arruda não vai recorrer da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que manteve nesta segunda-feira a decisão de condenar a Universidade Bandeirante (Uniban) a pagar a ela uma indenização de R$ 40 mil. Em entrevista por telefone à coluna, a ex-aluna, que foi hostilizada por estudantes na universidade em outubro 2009, afirmou que vai colocar um ponto final no assunto.
?Conversei agora pela manhã com o meu advogado (Dr. Nehemias Domingos de Mello) e decidi manter uma coisa que eu estava querendo fazer há muito tempo. Vou colocar um ponto final e viver minha vida sem a sombra da Uniban atrás de mim.?, disse a atriz, que havia recorrido da decisão tentando aumentar o valor da indenização.
?Gostaria que a indenização fosse maior, mas continuar brigando por isso seria uma dor de cabeça muito grande. Já recorri duas vezes e, agora, para recorrer novamente, eu teria que ir a Brasília. Quero acabar logo com isso?.
A decisão foi da 34ª Câmara de Direito Privado do TJ, que recusou, tanto o pedido de aumento na indenização pedido por Geisy quanto o da Uniban, que queria cancelar a condenação. Os dois recursos foram recusados pelos desembargadores Rosa Maria de Andrade Nery (relatora), Gomes Varjão e Nestor Duarte.
Relembre o caso
Em outubro de 2009, Geisy, que cursava turismo na uni erdade, foi hostilizada por colegas ao ir à faculdade com um vestido curto e justo. Com um jaleco emprestado, ela ainda precisou ser escoltada pela Polícia Militar para deixar o campus da Uniban, em São Bernardo do Campo, no ABC. As cenas foram gravadas por telefones celulares e amplamente divulgadas por sites na internet. A Uniban chegou a expulsá-la, mas voltou atrás.
Após entrar com uma ação na Justiça, em setembro de 2010, a Uniban foi condenada a pagar R$ 40 mil por danos morais, reconhecendo que a mesma teve responsabilidades no evento que motivou o processo. Mas Geisy recorreu por duas vezes, chegando a pedir na época uma indenização de R$ 1 milhão. Mesmo assim, ela se mostrou disposta a chegar a um acordo.