O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse que a reconstrução das áreas atingidas pelas enchentes deve levar de seis meses a um ano. Dos 469 municípios atingidos, 224 já foram mapeados. Nessas cidades, a cheia atingiu diretamente 267 mil residências e 109 mil empresas.
CALAMIDADE NO RS
Subiu para 166 o número de mortes confirmadas em decorrência das enchentes que devastaram o RS nas últimas semanas. Os dados são da Defesa Civil do estado. Ainda há 61 pessoas desaparecidas e mais de 50 mil familiares em abrigos do governo, até a última atualização desta reportagem.
"Nós vamos fazer esse diagnóstico, apontar quais foram as casas que foram destruídas, as escolas que foram destruídas, as creches, unidades básicas de saúde, enfim, toda a dimensão planificada dessa destruição se apresenta como um grande desafio para nós estabelecermos minimamente um tamanho do desastre que aconteceu no Rio Grande do Sul", explica o tenente-coronel Rafael Luft ao Jornal Nacional.
CONSTRUÇÃO DE NOVAS CASAS
O governador Eduardo Leite visitou na manhã deste sábado (25) alguns dos municípios atingidos. Ele promoteu: "Para as famílias mais carentes, de baixa renda, que perderam suas casas, a gente está já encaminhando a construção de casas definitivas, em modos construtivos rápidos”.
"Olhando uma reconstrução que tem que respeitar essas novas condições climáticas, o novo patamar que o rio tenha alcançado. Então, essa reconstrução precisa ter esse olhar também [...] Isso leva tempo em algumas situações, de seis meses a um ano, para poder se restabelecer, eventualmente um pouco mais do que isso, dependendo da complexidade da obra”, declarou o líder estadual.
ASSISTÊNCIA SOCIAL AS VÍTIMAS
O ministro Paulo Pimenta, que comanda a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, disse que o governo federal ajudará a recuperar escolas, unidades de saúde e rodovias, e colocará em prática um programa para reconstrução das casas de quem ganha até R$ 4,4 mil.
"As prefeituras fazem um cadastro, as prefeituras destinam o terreno e o governo federal consegue o valor para compra do imóvel usado. Nós também requisitamos todos os imóveis que estavam para leilão na Caixa Federal e no Banco do Brasil, para fazerem parte desse programa. E vamos também adquirir os imóveis que a iniciativa privada está construindo que se enquadram nessa faixa de valor”, disse ao Jornal Nacional.