Vinte e nove mulheres estão sendo homenageadas na exposição “Pioneiras”, promovida pelo Conselho Estadual de Cultura do Piauí (CEC). A solenidade de abertura aconteceu nesta segunda-feira (5), no Palácio de Karnak, onde ficará exposta até outubro.
A exposição reconhece a importância da ocupação de espaços pela mulher, valorizando o seu talento, fazendo ainda uma louvação à mulher no dia-a-dia, com os seus desafios, percalços e conquistas, reunindo uma coletânea de matérias, histórias guardadas em gavetas, artigos e impressões
A judoca piauiense Sarah Menezes e a governadora do Piauí, Regina Sousa estão entre as homenageadas.
Ex-quebradeira de coco, a gestora do Executivo estadual destaca o reconhecimento por sua história de luta.
“É importante eu estar presente porque a minha história tem o que dizer. É um momento para ficar no registro, para as meninas verem que uma quebradeira de coco pode chegar onde eu cheguei e que elas também têm o direito de buscar seus espaços, que elas também podem chegar”, disse Regina Sousa.
O presidente do Conselho Estadual de Cultura, advogado Nelson Nery Gosta, enfatizou que a exposição é, acima de tudo, um registro da luta das mulheres piauienses para o desenvolvimento do Piauí. “Muitas delas desconhecidas [da população]. O evento ressalta a importância de mulheres de vários séculos, desde a Esperança Garcia, ainda no Século XVIII, até a governadora Regina Sousa, primeira mulher governadora do Piauí. É um sinal do reconhecimento do longo trabalho que as mulheres piauienses tiveram para a afirmação social e econômica de nosso Estado”, afirmou Costa.
A curadoria da exposição é de Poliana Sepúlveda, do Centro Cultural M. Paulo Nunes. A produção é de Pedro Vidal e Match Box. A mostra seguirá no Palácio de Karnak até outubro, com a expectativa que ela percorra outros espaços posteriormente.
Um retrato do Piauí
Além da abertura da exposição, o evento marcou também o lançamento de três dos oito livros da Coleção Bicentenário da Independência, como parte das comemorações alusivas aos 200 Anos da adesão do Piauí à Independência do Brasil. O lançamento foi promovido pela Secretaria Estadual de Cultura, Academia Piauiense de Letras e Instituto Histórico e Geográfico do Piauí.
As obras buscam oferecer uma leitura sobre a história do Piauí, desde os seus primórdios, do século VII ao começo do século XXI, passando em especial sobre os dramas do século IX. Na solenidades, as obras lançadas foram a Revista ‘Pioneiras’ - um compilado das memórias das mulheres homenageadas, além de "Memória Cronológica, Histórica e Corográfica da Província do Piauí" (de José Martins Pereira de Alencastre – Século XIX), "A Guerra do Fidié" (de Abdias Neves – Século XX) e "A Contribuição do Piauí na Guerra do Paraguai" (de Anísio Brito, Odilon Nunes, Monsenhor Chaves, Reginaldo Miranda e Nelson Ney Costa, com organização de Felipe Mendes).
Também como parte da solenidade, a Secretaria de Cultura instalou, nos jardins do Palácio de Karnak, a cidade cenográfica “A Vila Piauí”, que relata um pouco da história do Estado do Piauí, mostrando pontos turísticos que foram reformados, restaurados e modernizados pelo Governo do Estado. O objetivo da Vila Piauí é ressaltar a importância que tais intervenções têm em resgatar as raízes culturais, além de despertar e propagar na população a preservação de sua história.
Confira as 29 homenageadas
“Post Mortem”
- Esperança Garcia
- Jovita Feitosa
- Luíza Amélia de Queiroz
- Amélia Beliváqua
- Francisca Trindade
- Maria da Inglaterra
“Mulheres pioneiras em vida”
- Dora Parentes
- Elizabeth Aguiar
- Elvira Raulino
- Iracema Santos Rocha
- Josefina Costa
- Marinalva Santana
- Niède Guidon
- Sarah Menezes
- Teresinha Alcântara
- Enedina Gomes dos Santos
- Eulália Pinheiro
- Fátima Campos
- Fides Angélica
- Francisca Kariri
- Waltânia Alvarenga
- Regina Sousa