Governo cria concurso para dar nova cara às camisinhas

Chegou a hora de modernizá-la e você pode participar da escolha

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Quem nunca viu uma embalagem como a ilustrada acima? Se você tiver alguma dessas camisinhas guardada, chegou a hora de usá-la, pois ela vai ficar ultrapassada. Afinal, o Ministério da Saúde decidiu mudar a clássica embalagem roxa e amarela que leva os preservativos masculinos distribuídos gratuitamente em todo o Brasil.

A atual embalagem deve ser substituída até o fim do ano. E ninguém sabe ainda como será a nova cara das camisinhas gratuitas distribuídas pelo governo federal. Afinal, para escolher a aparência dos preservativos de 2018, o ministério acabou de lançar um concurso.

Podem participar estudantes de design gráfico, desenho industrial, arquitetura e publicidade. As inscrições deverão ser feitas até 11 de setembro. 

O vencedor terá como prêmio um pacote de viagem de três dias com um acompanhante para um dos sítios do patrimônio Histórico Cultural da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil.

O resultado e a premiação estão previstas para ocorrer durante o 11º Congresso Brasileiro de HIV/Aids e o 4º Congresso Brasileiro de Hepatites Virais, entre 26 e 29 de setembro, em Curitiba, no Paraná.

A embalagem dos preservativos foi trocada pela última vez há mais de dez anos. Agora, a intenção é modernizá-lo e torná-lo mais atrativo.

Campanhas de prevenção

Incentivar o uso de preservativos, principalmente entre os jovens, tem sido foco de campanhas de prevenção, como a lançada no carnaval deste ano. Dados do ministério apontam que a faixa etária entre 15 e 24 anos é a que menos usa camisinha.

Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas indica queda no uso regular do preservativo nessa faixa etária, tanto com parceiros eventuais, cujo uso caiu de 58,4% em 2004 para 56,6%, em 2013, como com parceiros fixos, que registraram queda de 38,8% em 2004 para 34,2% em 2013.

O não uso das camisinhas tem consequências. De acordo com o Ministério da Saúde, o levantamento mais recente mostra o aumento dos casos de Aids em jovens de 15 a 24 anos. Entre 2006 e 2015, a taxa entre aqueles com 15 e 19 anos mais que triplicou, passando de 2,4 para 6,9 casos a cada 100 mil habitantes. Entre os jovens de 20 a 24 anos, a taxa dobrou, indo de 15,9 para 33,1 casos a cada 100 mil habitantes.

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