As equipes dos ministérios da Fazenda e do Planejamento se debruçaram sobre a calculadora na noite desta quarta-feira (19) para saber quanto o governo precisa arrecadar a mais com o aumento do PIS/Cofins que incide sobre os combustíveis. A decisão de reajustar o tributo foi tomada na tarde desta quarta.
A intenção da área econômica é calibrar o percentual de aumento da contribuição. O aumento recairá apenas sobre esse tributo.
O Ministério da Fazenda ainda procura obter receitas extra, que ainda não estão na previsão do Orçamento da União. Se os cálculos forem finalizados ainda na noite desta quarta, o decreto presidencial que oficializará o reajuste do PIS/Cofins será publicado já na edição desta quinta (20) do "Diário Oficial da União".
No entanto, se o percentual de reajuste não for definido nesta quarta-feira, pode ser que o decreto saia em uma edição extraodinária do "Diário Oficial" ao longo da quinta.
Até maio, levantamento da Instituição Fiscal Independente, ligada ao Senado, aponta que os gastos discricionários (passíveis de serem cortados) recuaram 38,5% – cenário que está afetando os serviços públicos. Segundo analistas, as dificuldades orçamentárias deverão continuar.
Nas duas últimas semanas, por exemplo, por falta de verbas, a Polícia Federal suspendeu a emissão de passaportes. Já a Polícia Rodoviária Federal reduziu o policiamento nas estradas.