O Governo do Estado e os professores em greve da Universidade Federal do Piauí (Uespi) não chegaram a um acordo durante reunião realizada durante a noite de segunda-feira, dia 23, na reitoria da instituição. Houve bate-boca durante reunião entre os professores com o reitor da instituição, Nouga Batista, e o secretário de Administração, Franzé Silva.
A reunião teve que ser encerrada antes do tempo após Franzé abandonar o local alegando ter sido chamado de palhaço.
"Sentamos novamente com o movimento em greve, coisa que o governador não autoriza, apresentamos novamente quais são as possibilidade de avanço e ele disse que o governo é palhaço. Então, nesse sentido, está claro a situação política desse movimento contra a Uespi, contra os pais de família que mantém seus filhos com muita dificuldade fora de seus municípios e acreditamos que o governador irá tomar as medidas cabíveis para pode colocar a Uespi em funcionamento", falou Franzé Silva.
Franzé Silva declarou que o movimento é político e que vai levar ao governador o resultado da reunião.
"Esse movimento é político e partidário. Não iremos de forma nenhuma mais sentar com eles enquanto isso for a tônica da discussão. Queremos agir com responsabilidade dentro do equilíbrio financeiro que o Estado precisa e respeitando os piauienses. Não dá para, a cada momento, se sentar a mesa, apresentar propostas diferenciadas que o Estado não tem condições de avançar. Vou levar ao governador o resultado dessa reunião e ele vai tomar as medidas cabíveis", falou.
Sergiano Araújo, diretor de Assuntos Políticos da Associação dos Docentes da Uespi, declarou que Franzé Silva não negocia e que as propostas do governo são inócuas.
"Ele não negocia. As propostas são inócuas. O governador não recua um milímetro, então a greve vai continuar. O governo pode recorrer dos mecanismos que achar de direito, nós também podemos", acrescentou.
A greve dos professores da Uespi já dura um mês.