Na segunda-feira (30), o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, em parceria com a Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, lançou a campanha “Acolha a Vida”, no Hotel Blue Tree Towers Rio Poty Hotel, Centro/ Sul da capital.
A campanha traz como objetivo a disseminação de informações sobre prevenção do suicídio e automutilação, especialmente entre crianças, adolescentes e jovens.
O evento foi aberto ao público e direcionado para profissionais de saúde, professores, líderes comunitários e religiosos, conselheiros tutelares, assistência social e segurança.
Cada vez mais, eminente na sociedade e que precisa de uma atenção especial, o mês de setembro é marcado por ações mais intensas, quando o assunto é saúde mental. Suicídio necessita de debates, instruções e atenção durante todo o ano, também com a finalidade prática de formar agentes multiplicadores para diagnosticar e ver a olho nu qualquer situação e indícios de um potencial suicida.
A Secretária Nacional da Família, Dra. Ângela Gandra, destaca que ações como essa só somam às outras inúmeras desenvolvidas. "Nós, da Secretaria da Família, temos uma especial preocupação da origem das primeiras manifestações de um possível suicida, e levantando com o observatório Nacional da Família, chegamos à conclusão que a família tem um papel crucial na prevenção”, disse.
A secretaria lançou como meta, dos 100 dias, o programa “Acolha a Vida", que, de acordo com Ângela Gandra, não atua como combate, mas como uma prevenção e acolhimento com o amor. “Chegamos à conclusão que existe hoje uma crise de amor na sociedade, e muitas vezes você não é capaz de olhar para a própria família e perceber que algum indício negativo que demonstra uma tendência ao suicídio”, falou.
O amplo sentido da campanha é altamente positivo: fornecer amor para um adolescente, um idoso ou até uma criança subutilizada dentro de uma família, para que eles vejam o sentido que tem para a família e para a sociedade.
“É necessário despertar um olhar às famílias para que eles possam receber e acolher, e no segundo momento, procurar um profissional da saúde da campanha promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos. Não é de protagonismo, não é de cura, mas de articulação. É preciso despertar, é preciso cuidar, pois o carinho é o berço da saúde”, conta Ângela Gandra.
Fortalecer toda a comunidade para que haja um encaminhamento correto para cada tipo de caso é essencial, ressalta Luanna Bueno, gerente de saúde mental da FMS. “A gente traz uma capacitação, bem como na questão da automutilação, que é uma temática que está em bastante evidência. Sabemos que jovens, adolescentes e adultos estão vivendo esse momento e precisamos alertar a população”, disse.