Em Brasília, o ministro dos Transportes, Renan Filho, formalizou a assinatura do edital destinado à elaboração do projeto e à construção da ponte binacional que ligará o Brasil à Bolívia, no estado de Rondônia. Apontado como um dos principais empreendimentos do Novo PAC para a região Norte, a previsão é de que a empresa vencedora da concorrência seja anunciada em 28 de dezembro.
Conforme comunicado do governo, na terça-feira (14), a nova ponte será erguida sobre o Rio Mamoré, conectando o município de Guajará-Mirim, em Rondônia, a Guayaramerin, no Departamento de Beni, na Bolívia. Com uma extensão total de 1,22 quilômetro, a ponte contará com um vão central estaiado para facilitar a navegabilidade.
O projeto inclui a construção de um complexo de fronteira abrangendo 9.282 metros quadrados e mais 3,7 quilômetros de pistas de acesso no lado brasileiro. O país vizinho realizará medidas similares do lado boliviano. O prazo estimado para a conclusão da obra é de aproximadamente três anos, com a expectativa de gerar até 4,3 mil empregos diretos e indiretos na região. O Rio Mamoré, parte da bacia do Amazonas e com origem na Cordilheira dos Andes, constitui a fronteira entre Brasil e Bolívia na Região Norte.
O acordo entre os governos do Brasil e da Bolívia para a construção da ponte foi estabelecido em 2007, porém, até o momento, não foi concretizado. Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Bolívia, Luis Arce, discutiram a retomada do projeto, uma prioridade na agenda bilateral.
De acordo com o projeto aprovado pela Comissão Binacional Brasil-Bolívia, o custo estimado da obra é de R$ 429,5 milhões, e a licitação será conduzida por meio do Regime Integrado Diferenciado de Contratação (RIDC). Nesta modalidade, a mesma empresa responsável pela elaboração dos projetos básico e executivo conduzirá as obras planejadas.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ficará encarregado de fiscalizar a elaboração do projeto e a execução do empreendimento. Durante a fase de elaboração do projeto, o governo brasileiro poderá considerar modificações apresentadas pela Bolívia, e ambas as partes estarão envolvidas na supervisão dos trabalhos até sua conclusão, conforme informou o Ministério dos Transportes.
Com informações da Agência Brasil