O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta semana que o governo não pretende estender a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis. Desde o final de maio muitos brasileiros têm aproveitado a redução do imposto para comprar carros, e as concessionárias comemoraram a alta nas vendas. O sucesso foi tão grande que o próprio mercado não estava preparado para tanta procura, e muitas concessionárias tiveram que encomendar carros, com prazos de até 120 dias para entrega. A redução seria para carros 1.0 e com data para acabar: 31 de agosto. Agora, o setor pressiona o governo para que a redução do imposto seja prorrogada.
Segundo Mantega, as medidas adotadas pelo governo em maio, como redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), para estimular a indústria automotiva, mostraram resultado positivo. De maio a junho as vendas de veículos passaram de 280 mil para 353 mil. ?Houve reação forte?, disse o ministro. ?A previsão para o mês de julho?, continuou Mantega, ?é de crescimento maior?. ?Em julho, a previsão é que se tenha vendido 360 mil veículos. Se isso ocorrer, porque até agora foram vendidos cerca de 340 mil, será o melhor julho da série histórica, ou seja, será o maior volume de vendas para este mês.?
Mantega disse que as empresas automobilísticas não deixaram de cumprir o acordo firmado com o governo, de não demitir funcionários e manter os investimentos. Segundo o ministro, de 2012 até 2015 o setor deve investir R$ 22 bilhões. ?Isso só vai ocorrer se o mercado de veículos estiver crescendo, se houver vendas de veículos, se houver exportações, se tivermos condições de competitividade. Para dar essa competitividade, para dar esse impulso ao mercado que tinha se contraído por causa da indústria internacional, tomamos estas medidas.?