Governo pode condicionar Bolsa-Família à vacinação contra hepatite B

Para receber o benefício, famílias precisam controlar frequência escolar e vacinação infantil

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Depois de completar o sétimo aniversário, o Bolsa-Família ainda é um programa em construção, avaliam seus principais gestores. Na semana que vem, o Ministério do Desenvolvimento Social vai formalizar propostas de duas novas condicionalidades aos beneficiários: a vacinação contra hepatite B para os jovens e controles de saúde das mulheres, como exames preventivos de câncer.

Atualmente, são duas as exigências para liberar o pagamento: o atendimento do calendário de vacinas nas crianças até seis anos e a frequência às aulas das crianças e jovens até 17 anos. Cerca de 300 mil famílias mostram dificuldades em cumprir essas condicionalidades, a cada levantamento divulgado pelo ministério. Lúcia Modesto, secretária responsável pelo Bolsa-Família confirma a dificuldade.

- Vimos que são as famílias mais pobres e mais desestruturadas as que descumprem as condicionalidades, elas precisam ser acompanhadas.

Questionada sobre as medidas adotadas para garantir que as famílias pobres possam abrir mão da transferência de renda, ao se integrarem ao mercado de trabalho, também conhecidas como "portas de saída", Lúcia Modesto reagiu.

- A gente nem estruturou as portas de entrada.

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