Com o objetivo de expandir a oferta de produção de energia elétrica e de alavancar o Piauí como estado modelo em energias renováveis, a Superintendência de Parcerias e Concessões (Suparc), em conjunto com a Secretaria Estadual de Mineracao, Petroleo e Energias Renovaveis (Seminper), iniciou 2018 com a missão de estruturar os estudos de viabilidade para a PPP de Geração de Energia Solar.
Na última reunião do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas foi aprovada a proposição da Secretaria de Mineração que trata do desenvolvimento de estudos voltados para parceria com a iniciativa privada cujo objeto será a geração de energia a partir da implantação de miniusinas.
Esse projeto, além de colocar o Piauí como expoente de geração de energia solar como fonte matriz para abastecer os prédios públicos, a Parceria Público-Privada para implantação, operação e manutenção de miniusinas de geração de energia solar ainda pode atender aos projetos prioritários do Governo do Piauí. Com esse novo modelo, o Governo do Estado reduzirá, aproximadamente, 20% dos gastos com energia elétrica (cerca de R$ 7.109.943,30 por ano), recursos que podem ser direcionados para investimentos em outras ações.
A superintendente de Parcerias e Concessões do Governo do Piauí, Viviane Moura, explica o propósito do projeto. "A intenção é que a Administração Pública estadual possa ser geradora de energia a partir do uso de um recurso natural em abundância no nosso estado e, com isso, consiga diminuir despesas e, potencialmente, gerar receitas", falou a gestora.
Na reunião realizada na sexta-feira (5), com representantes da Secretaria Estadual de Mineração, Petróleo e Energias Renováveis (Seminper) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foram definidos os principais pontos do plano de trabalho e do cronograma de ações para a estruturação dos estudos. Dentre os tópicos discutidos, estão os critérios para definição da localização das miniusinas e a forma de redução das perdas na geração de energia.
Energia solar
A energia solar de geração fotovoltaica é a menos consumida entre as formas renováveis que compõem a matriz elétrica do Brasil. Apenas 0,01% do que foi gerado no país em 2015 resultou dessa tecnologia, que usa painéis de silício para coletar raios de luz solar. Essa modalidade é, no entanto, a fonte preferida de quem escolhe gerar eletricidade para consumo próprio.
As condições hidrológicas desfavoráveis, com períodos de estiagem cada vez mais prolongados, fazem da energia solar uma alternativa ainda mais consistente, se for considerado que os períodos de seca estão associados ao aumento do potencial solar devido à baixa interferência de nuvens e radiação solar mais intensa, além disso, a energia solar não polui durante seu uso e as usinas necessitam de manutenção mínima.