O residencial Jacinta Andrade em Teresina, que dispõe de 3500 residências, começou a ser habitado há cinco anos. Dessas residências, pouco mais de 1300 foram habitadas. Parte dessa área habitada tem sérios problemas de abastecimento d"água.
Dona Francisca, moradora da quadra 5, tem um pequeno reservatório para colocar água durante a madrugada, quando ela chega nas torneiras, tendo ainda que dividi-la com uma vizinha. ?Eu já estou com mais de mês juntando água de madrugada. Tem dia que não vem. Quando dá, a água reservada a gente usa para tomar banho.?
Dona Maria do Rosário precisa andar bastante diante da escassez e da necessidade de ter o produto. ?Na rua onde a gente mora, está com um mês que não tem água, e quando tem, ela não sobe nem para a caixa. A gente acorda 2h e quando vai dormir é meia-noite esperando água. A gente pede que tomem uma providência! A gente vive num lugar desse dependendo de água dos colégios para se manter!?
Anízia Teixeira disse que já cansou de pedir providências. Diariamente a gente liga diariamente e já denunciamos e eles dizem que o problema é na bomba. Minutos depois a gente liga e eles dão outra informação. Toda vez que a gente liga eles têm algo a dizer, mas nunca dão uma solução para este problema.
O superintendente metropolitano da Agespisa, Orlando Ayres, garante a falta de um reservatório maior, que já está sendo construído, é o grande problema e que espera resolvê-lo nos próximos dias. ?O residencial é abastecido por três poços tubulares. Esses poços bombeiam direto na rede e, por isso, falta equilíbrio. A Agespisa está concluindo um reservatório de 800 mil litros para atender a demanda?, disse ele.
?A água chega somente à noite em alguns trechos porque eles são altos e há muito desperdício na parte baixa e o consumo não é racional e quando o consumo diminui na parte baixa é que a água chega na parte alta?, conclui.