Foi sepultada na manhã desta quarta-feira a mais recente vitima da dengue hemorrágica em Minas Gerais. Lígia Mara Barcelos, 20 anos, que estava grávida de oito meses, morreu na terça-feira por decorrência da doença. O feto não resistiu e também morreu. Os familiares pediram para que mãe e bebê fossem enterrados na mesma urna.
Lígia foi internada na última quinta-feira com suspeita de dengue. No sábado, ela teve uma piora e foi encaminhada para Centro Terapia Intensiva (CTI). Ontem, ela não resistiu e morreu.
A jovem, no entanto, é apenas mais uma das 28 vitimas fatais da doença em 2013. Os casos já confirmados, segundo a Secretária de Estado de Saúde, são de mais 123 mil infectados, mais que em todo o ano de 2012. Somente em Belo Horizonte, 4,2 mil casos foram confirmados.
A Secretaria de Saúde de Minas Gerais acredita que a doença se espalha pelo Estado tão rapidamente por dois motivos: o primeiro é a rápida proliferação, e o segundo seria o descuido das prefeituras ao combate, por conta das eleições municipais.
Soluções
Para combater o problema, uma nova estratégia começa a ser adotada em Minas Gerais. Segundo o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, as equipes usarão hipoclorito de sódio (água sanitária).
"Fizemos uma discussão técnica com o Ministério da Saúde sobre o risco ambiental da utilização do larvicida tradicional. Pela primeira vez, vamos fazer o uso massivo da água sanitária com a função de larvicida. O líquido é eficaz e pode ser utilizado também no combate às larvas do mosquito da dengue. Os agentes de endemias, em visitas aos domicílios, levarão a água sanitária para as famílias nos pontos onde existirem maior cadeia de transmissão da doença", explicou.
Ainda de acordo com a secretaria, mais de 1 milhão de litros da solução será distribuída para a população dos 237 municípios mineiros que apresentam situação mais delicada.