Greve dos professores da rede estadual poderá acabar ainda hoje (6)

Somente hoje os professores voltarão a se reunir com representantes do governo do Estado.

MANIFESTAÇÃO | O Palácio de Karnak foi o local escolhido para os manifestantes ontem | Reprodução Jornal MN
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Os professores da rede estadual de ensino decidiram ontem, durante assembleia geral, dar seguimento à greve, que já dura mais de uma semana. A categoria, no entanto, se reunirá hoje com representantes do governo do Estado, para tentar uma negociação.

Os professores não abrem mão do reajuste salarial referente ao piso nacional do magistério. A reunião que acontece na manhã de hoje é para tentar pôr fim ao impasse entre Governo do Estado e os professores.

Deverão comparecer o secretário de Educação, Átila Lira, o secretário de Fazenda, Antônio Silvano Alencar, e o secretário de Administração, Paulo Ivan da Silva.

“O piso salarial, que deveria estar sendo pago desde janeiro, deve ser repassado aos professores e nós não abrimos mão disso”, disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí, Odeni Silva.

Na última reunião entre professores e representantes do governo, que aconteceu quinta-feira da semana passada, não se chegou a um acordo satisfatório para os grevistas. Segundo Odeni, a proposta do governo era pagar o piso apenas aos professores de classe A e B.

“Hoje nós somos 24 mil professores em todo o Estado e a proposta do governo contemplaria apenas 2 mil profissionais e nós não podemos aceitar isso. Vamos ver o que será decidido com essa reunião de hoje”, argumentou. Essa proposta, segundo Odeni, provocou descontentamento, principalmente nos professores que ainda não tinham aderido ao movimento.

“Nós estamos com 90% dos professores da rede estadual parados em todo o Estado. A nossa greve, que já começou forte, se fortaleceu ainda mais com a última proposta do governo do Estado”, afirmou.

O Ministério da Educação (MEC) definiu em R$ 1.451 o valor do piso nacional do Magistério para 2012, um aumento de 22,22% em relação a 2011.

Conforme determina a lei que criou o piso, o reajuste foi calculado com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica- Fundeb, no mesmo período.

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