Os professores da rede estadual de ensino decidiram ontem, durante assembleia geral, dar seguimento à greve, que já dura mais de uma semana. A categoria, no entanto, se reunirá hoje com representantes do governo do Estado, para tentar uma negociação.
Os professores não abrem mão do reajuste salarial referente ao piso nacional do magistério. A reunião que acontece na manhã de hoje é para tentar pôr fim ao impasse entre Governo do Estado e os professores.
Deverão comparecer o secretário de Educação, Átila Lira, o secretário de Fazenda, Antônio Silvano Alencar, e o secretário de Administração, Paulo Ivan da Silva.
“O piso salarial, que deveria estar sendo pago desde janeiro, deve ser repassado aos professores e nós não abrimos mão disso”, disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí, Odeni Silva.
Na última reunião entre professores e representantes do governo, que aconteceu quinta-feira da semana passada, não se chegou a um acordo satisfatório para os grevistas. Segundo Odeni, a proposta do governo era pagar o piso apenas aos professores de classe A e B.
“Hoje nós somos 24 mil professores em todo o Estado e a proposta do governo contemplaria apenas 2 mil profissionais e nós não podemos aceitar isso. Vamos ver o que será decidido com essa reunião de hoje”, argumentou. Essa proposta, segundo Odeni, provocou descontentamento, principalmente nos professores que ainda não tinham aderido ao movimento.
“Nós estamos com 90% dos professores da rede estadual parados em todo o Estado. A nossa greve, que já começou forte, se fortaleceu ainda mais com a última proposta do governo do Estado”, afirmou.
O Ministério da Educação (MEC) definiu em R$ 1.451 o valor do piso nacional do Magistério para 2012, um aumento de 22,22% em relação a 2011.
Conforme determina a lei que criou o piso, o reajuste foi calculado com base no crescimento do valor mínimo por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica- Fundeb, no mesmo período.