O início do mês de agosto é marcado pela paralisação de algumas atividades na Universidade Federal do Piauí (Ufpi). Na última segunda-feira (10), os professores da instituição decidiram, por unanimidade, após assembleia na Associação dos Docentes da Ufpi (Adufpi), deflagrar greve por tempo indeterminado. A quarta-feira (12) foi o primeiro dia de paralisação.
O início de instauração de uma greve já havia sido pautada durante as últimas assembleias organizadas pela associação dos docentes, no entanto, os professores voltaram contra. Segundo a Adufpi, os professores apenas não concordavam que aquele seria o momento certo. Agora, a categoria se une pela ampliação dos investimentos na educação pública do país, em especial o Estado do Piauí.
O primeiro ato ocorreu na manhã de terça-feira (11). Alguns grevistas fizeram um protesto em frente à Ufpi e bloquearam a entrada na instituição. Os motoristas de carros e transporte coletivo tiveram que procurar rotas alternativas. Já os pedestres, que normalmente esperam ônibus na parada dentro da instituição, só conseguiram entrar a pé na parte interna da Ufpi. O acesso foi liberado pouco tempo depois.
Já na quarta-feira alguns estudantes foram à Ufpi para saber o andamento das aulas. O estudante Rômulo Almeida está no último período do curso de Letras, por isso não vê a hora de terminar o curso. “Entendo que os professores querem receber mais pela educação, só que os alunos não podem se prejudicar. Já estou preocupado se vou conseguir terminar meu curso este ano”, diz.
A Adufpi reitera que dentre as principais reivindicações estão melhores condições de trabalho, reestruturação da carreira, garantia da autonomia universitária, valorização salarial de funcionários ativos e aposentados, contra o corte na educação, melhor infraestrutura e uma maior segurança dentro da Ufpi.