Professores de pelo menos 25 universidades federais decidiram encerrar a greve iniciada em abril, conforme levantamento da Agência Brasil. O prazo final para a realização das assembleias, onde os docentes analisarão as propostas do governo e decidirão sobre o retorno às aulas, termina nesta sexta-feira, 21 de junho.
DECISÃO COLETIVA
A consulta, envolvendo as 55 universidades federais, foi organizada pelo comando nacional da greve dos professores universitários, vinculado ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes).
AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA
Embora a decisão pelo fim da greve tenha sido tomada, o retorno imediato às aulas não é garantido. Cada universidade possui autonomia administrativa para ajustar seu calendário acadêmico, tanto para a finalização do primeiro semestre letivo de 2024 quanto para o início do segundo semestre. Por exemplo, na Universidade de Brasília (UnB), os professores anunciaram o retorno às aulas para a próxima quarta-feira, 26 de junho.
PLANEJAMENTO
Durante o fim de semana, o comando nacional de greve irá compilar as respostas das seções sindicais, secretarias regionais e comandos locais sobre a continuidade ou término da greve. Além disso, será analisado o planejamento para o retorno das atividades e o início da reposição das aulas, que pode ocorrer na próxima semana ou no início de julho.
GREVE DOS TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS
O retorno das aulas também depende do trabalho dos técnicos e administrativos, responsáveis por processar os novos calendários acadêmicos e efetuar trancamentos de matrícula nos departamentos universitários. A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) está avaliando os resultados das assembleias das entidades de base realizadas ao longo desta semana.
PROPOSTA EM ANÁLISE
De acordo com o governo, com o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total ficará entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos. O MGI ressaltou que o governo melhorou a oferta em todos os cenários e que os professores terão aumento acima da inflação estimada em 15% entre 2023 e 2026.
PROPOSTA ANTERIOR
A proposta anterior previa reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026. Somado ao reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal no ano passado, o aumento total chegaria a 21,5% no acumulado de quatro anos.