Gripe suína mata 29 pessoas no Brasil

Seria uma alternativa para reduzir a possibilidade de contágio da gripe suína, informa reportagem da Folha

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Os governos de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul se reunirão na semana que vem com o Ministério da Saúde para discutir o possível adiamento do retorno às aulas nas redes pública e particular. Seria uma alternativa para reduzir a possibilidade de contágio da gripe suína, informa reportagem da Folha.

A Folha apurou que o adiamento pode ser indicado, se os casos continuarem a subir. Anteontem, a Organização Mundial da Saúde disse que a suspensão das aulas é uma das medidas que podem ser adotadas para diminuir a transmissão, que no Brasil já ocorre de forma sustentada (quando o vírus circula no país e é transmitido por pessoas que não foram ao exterior nem tiveram contato com viajantes).

O número de mortes causadas pela gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1)-- no Brasil subiu para 29 nesta quarta-feira, com a confirmação de quatro vítimas no Rio de Janeiro e três em São Paulo. Com os novos registros, SP ultrapassou o Rio Grande do Sul no número de mortos, com 12 registros. O Estado gaúcho teve 11 óbitos.

A vigilância epidemiológica municipal de São Paulo afirmou que a recomendação que tem sido dada às escolas neste momento é que só alunos e professores que apresentem qualquer sintoma sejam dispensados das aulas, quando elas retornarem. A rede estadual afirma que também não discute ainda o adiamento. A maioria dos colégios retorna em 3 de agosto.

NOVOS CASOS

O Ministério da Saúde adiou em um dia a divulgação do boletim semanal de casos de gripe no país, programado para esta quarta-feira. De acordo com o último relatório federal, divulgado no dia 15, havia 1.175 casos confirmados da doença no país.

As mortes por gripe suína foram confirmadas em quatro Estados --Rio Grande do Sul (11), São Paulo (12), Paraná (1) e Rio de Janeiro (5).

Rio Grande do Sul:

Uruguaiana:

- gestante de 36 anos - morreu no dia 16 de julho

- menina de 5 anos - morreu em 15 de julho

- caminhoneiro Dirlei Pereira, 35 - morreu dia 16 de julho

Santa Maria:

- serralheiro de 40 anos - morreu dia 17 de julho

- homem de 26 anos - morreu dia 13 de julho

- homem de 31 anos - morreu no início de julho

Passo Fundo:

- comerciante de 42 anos - morreu dia 8 de julho

- homem de 31 anos - morreu dia 8 de julho

- caminhoneiro Vanderlei Vial, primeira vítima da doença no país - morreu em 28 de junho

São Borja:

- caminhoneiro de 29 anos - morreu dia 6 de julho

Sapucaia do Sul:

- menino de 9 anos - morreu dia 5 de julho

São Paulo

Osasco:

- rapaz de 21 anos - morreu dia 11 de julho

- menina de 11 anos - morreu dia 30 de junho

- jovem de 23 anos - morreu dia 21 de julho

São Paulo

- mulher de 68 anos - morreu dia 12 de julho

- mulher, gestante, de 27 anos - morreu dia 14 de julho

- homem de 50 anos - morreu dia 13 de julho

- mulher de 44 anos - morreu dia 20 de julho

ABC

- menina de um ano e seis meses - morreu dia 18 de julho

Região de Sorocaba

- homem de 26 anos, morador da cidade de São Paulo, morreu dia 18 de julho

Região de Campinas

- mulher de 26 anos - morreu dia 17 de julho

- mulher de 27 anos - morreu dia 19 de julho

Botucatu:

- homem de 28 anos - morreu dia 10 de julho

Rio de Janeiro

- mulher de 37 anos - morreu dia 13 de julho.

- menino de 10 anos - morreu dia 14 de julho

- menino de 6 anos - morreu dia 15 de julho

- gestante de 29 anos - morreu dia 17 de julho

- mulher de 39 anos - morreu dia 19 de julho

Paraná

- mulher - morreu dia 14 de julho

SINTOMAS

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

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