As chuvas no Rio Grande do Sul causaram uma inundação sem precedentes no lago Guaíba, levando a um volume de 14,2 trilhões de litros de água entre 1º e 7 de maio, conforme relatado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS. O transbordamento do Guaíba resultou em graves consequências, incluindo inundações de ruas, perdas humanas e uma situação de calamidade em Porto Alegre. Esse volume é aproximadamente metade do reservatório da usina de Itaipu, destacando a gravidade do evento.
INUNDAÇÃO - A velocidade do transbordamento foi notável, com a água passando pelo Guaíba a uma taxa muito acima do normal. O nível do lago saltou de forma significativa, superando recordes históricos e afetando boa parte da capital gaúcha. A origem dessa água remonta aos rios Gravataí, dos Sinos, Jacuí, Taquari, Caí e Vacacaí, que desaguam no lago Guaíba, alimentados pelas chuvas intensas.
NÚMEROS - Os dados do Inpe mostram que cerca de 12,7 trilhões de litros de água caíram sobre os rios mencionados entre 28 de abril e 6 de maio, contribuindo para a destruição nas regiões norte do estado. A discrepância entre os números do IPH e do Inpe se deve a diferentes métodos de medição e cálculo, incluindo variáveis como vazão de base e outros fatores hidrológicos.
MAIS CHUVAS - Com previsões de mais chuvas, a preocupação se volta para a possibilidade de novas cheias. Caso o lago não seja afetado, a previsão é que leve pelo menos 30 dias para retornar ao seu nível normal. O alerta é especialmente relevante diante da chegada de uma frente fria prevista para a metade norte do Rio Grande do Sul nos próximos dias, aumentando o potencial de intensificação das chuvas e afetando os rios da região.