O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), confirmou por meio de seu perfil no Twitter na tarde desta sexta-feira que deverá instituir o Passe Livre para estudantes de escola pública e universitários do Prouni, Fies e cotistas raciais.
A liberação do Passe Livre pela prefeitura surge no mesmo momento que a prefeitura e o governo do Estado de São Paulo devem aumentar a tarifa para Metrô, CPTM e ônibus municipais e internacionais, conforme entrevista do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao canal Globo News.
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Alckmin afirmou que é natural um aumento, uma vez que em 2013 e 2014 não teve alterações nas tarifas de ônibus. O tucano ainda afirma que o valor deve ficar abaixo da inflação. O aumento deve acontecer no começo de 2015, a partir de 6 de janeiro, e pode custar entre R$ 3,40 e R$ 3,50 ante os atuais R$ 3,00.
Sem entrar em detalhes, O tucano também afirmou que estuda a liberação do Passe Livre para estudantes da rede estadual de ensino.
Movimento Passe Livre
O aumento da passagem foi o principal tema das manifestações em 2013. Encabeçados pelo Movimento Passe Livre (MPL), milhões de pessoas foram às ruas contra o aumento de R$ 0,20 às vésperas da Copa das Confederações no Brasil, durante o mês de junho.
Na época, as passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40.
No dia 19 de junho de 2013, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciaram a redução dos preços das passagens de ônibus, metrô e trens metropolitanos para R$ 3. O preço da integração também retornou para o valor de R$ 4,65 depois de ter sido reajustado para R$ 5.
As manifestações de junho foram marcadas por frase como “vem pra rua”, “o gigante acordou” e “não são pelos R$ 0,20”. Ainda tivera, outras reclamações como melhorias em hospitais e educação, em frases como “queremos hospital padrão Fifa”.
A mobilização ainda ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.