Serviços de informação franceses disseram que havia dois nomes suspeitos entre os passageiros a bordo do vôo AF 447 que caiu no oceano Atlântico, informou nesta quarta-feira o site l"Express.fr. Segundo o semanário francês, trata-se de nomes "correspondentes a pessoas conhecidas por sua ligação com o terrorismo islâmico".
Um porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas francesas, ao ser perguntado sobre o fato, disse não poder confirmar essa informação. As autoridades francesas afirmaram diversas vezes que a hipótese de um atentado contra o vôo da Air France 447 do Rio de Janeiro a Paris não estava totalmente descartada, mesmo sendo pouco provável. Oficiais franceses ressaltaram, no entanto, que nenhuma reivindicação foi registrada
O Airbus A330 decolou do Rio com 228 pessoas a bordo na noite do dia 31 de maio e caiu no oceano Atlântico. Até agora equipes de buscas do Brasil, com ajuda da França, recuperaram 41 corpos do mar, além de destroços do avião. As causas da tragédia estão sendo investigadas.
O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).
Desde a manhã de sábado, foram localizados 41 corpos próximos ao local onde a aeronave emitiu as últimas notificações. As vítimas são levadas até Fernando de Noronha por embarcações da Marinha.