Helicóptero que levava funcionários de prefeitura cai sobre casa em favela

Piloto de empresa aérea morreu durante voo de fiscalização no Jaraguá. Três ocupantes são funcionários da Secretaria do Verde e estão feridos

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A Prefeitura de São Paulo confirmou, em nota divulgada nesta segunda-feira (21), que o helicóptero que caiu sobre uma casa às 12h48 na Rua Paulo Arentino, região do Jaraguá, estava a serviço da administração municipal em sobrevoo de fiscalização, acompanhamento de áreas e vistoria de parques.

A aeronave decolou do Aeroporto Campo de Marte e os servidores embarcaram no heliponto da sede da Prefeitura às 12h.

Dos quatro tripulantes, três são funcionários da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Ramiro Levy, Fabiana Bispo Barbosa e Idevanir Souza foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e levados ao Hospital das Clínicas e ao Hospital São Camilo-Pompeia. Funcionário da empresa Helimarte, o piloto Marcelo de Melo Ribeiro morreu no acidente.

De acordo com a Prefeitura, na comunidade onde caiu a aeronave há registro de duas vítimas com ferimentos leves, atendidas no Hospital de Taipas. Cinco imóveis foram interditados.

O helicóptero acidentado foi solicitado pela Prefeitura para um sobrevoo de duas horas e tinha previsão de percorrer as regiões: Perus, Taipas, Brasilândia, Bananal, Bispo, Tremembé, Santa Maria, Engordador, Barrocada, Pinheirinho d"Água, e Trote.

Segundo a Prefeitura, a empresa Helimarte é contratada para atender as secretarias e as subprefeituras e disponibiliza dois helicópteros. Um dos equipamentos é reserva. Os voos decolam e pousam no heliponto do Edifício Matarazzo e geralmente são utilizados para vistorias de invasões, parques, áreas de risco e obras. O uso depende de solicitação à Secretaria de Planejamento, que coordena a atividade com a assessoria militar.

O acidente aconteceu próximo à Estrada de Taipas. Cinco equipes da corporação foram enviadas para o endereço. Houve vazamento de combustível da aeronave.

A Infraero disse que a aeronave, da empresa Helimarte, deixou o Aeroporto Campo de Marte por volta das 12h. Segundo a Aeronáutica, o helicóptero modelo Bell 206, prefixo PRJBN, seguia para um condomínio na Zona Oeste de São Paulo.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave possuía certificado de aeronabilidade válido até 8 de dezembro de 2016 e havia passado recentemente pela inspeção anual de manutenção, válida até 1º de novembro deste ano.

Uma equipe dos Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) estava no local da queda no início desta tarde.

A Helimarte informou, em nota, que "está no local do acidente para contribuir com as averiguações e todo o esclarecimento a respeito do ocorrido só será possível após todas as investigações". A empresa reiterou que toda documentação da aeronave está em ordem.

Também em nota, a Helimarte lamentou ainda "o trágico acidente ocorrido nesta tarde, o primeiro em toda a sua história de mais de 14 anos". Segundo a empresa, o "objetivo da viagem era uma inspeção de rotina da Prefeitura de São Paulo". "A aeronave tinha perfeitas condições de aeronavegabilidade e, segundo a ANAC, possuía certificado válido até 8 de dezembro de 2016". O aparelho havia passado recentemente pela inspeção anual de manutenção válida até 1 de novembro de 2013, de acordo com a nota.

A empresa esclareceu que o piloto Marcelo Stella Melo Araújo, morto na queda, tinha 29 anos, era solteiro e não tinha filhos. "O piloto tinha larga experiência de voo e todas as qualificações exigidas e necessárias para operar. As outras três vítimas estão fora de perigo.

A empresa dará assistência total às vitimas, às suas famílias e também às famílias da região do acidente, atingidas materialmente", informou.

A nota diz ainda que os representantes da Helimarte estão prestando todos os esclarecimentos necessários às autoridades e acompanhando de perto a apuração e as investigações.

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