Hemopi inicia campanha por doação de sangue em todas as unidades

Ao longo da semana, as unidades de coleta situadas nos municípios de Teresina, Picos, Parnaíba e Floriano realizam ações para informar e atrair a população aos hemocentros

Hemopi | reprodução
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Todos os anos, no dia 14 de junho, organizações de todo o mundo celebram o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data serve para enfatizar a importância do ato solidário e também para homenagear a contribuição de voluntários que abastecem hemocentros e ajudam a salvar vidas.

No Piauí, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) preparou uma programação para atrair mais doadores. Ao longo da semana, as unidades de coleta situadas nos municípios de Teresina, Picos, Parnaíba e Floriano realizam ações para informar e atrair a população aos hemocentros.

Jurandir Martins, diretor do Hemopi, explicou que o desafio para a campanha de doação deste ano consiste em coletar 4 mil bolsas de sangue em 30 dias. A ação está sendo feita através das redes sociais do Hemopi. “Esperamos atingir novamente essa meta como em 2021. Convidamos a população do Piauí para vir doar, compartilhar na rede social, convidar amigos e familiares para fazer parte dessa corrente do bem e nos ajudar a realizar mais uma vez o desafio e atingir a meta”, explica.

O número de 4 mil bolsas de sangue, segundo a direção do Hemopi, é ideal para atender toda a rede pública hospitalar e parte da rede credenciada ao hemocentro piauiense.

O professor Eduardo Vasconcelos, 37, doa sangue todos os anos. Ele passou a realizar o ato após acompanhar uma campanha promovida pela família de uma vítima de acidente de trânsito. Desde então, pelo menos duas vezes ao ano, ele se dirige ao Hemopi para ajudar a abastecer o estoque.

“Eu tento ao máximo convocar mais gente para doar, para que não tenham medo e vejam o quanto é fácil fazer o bem sem pensar em quem vai receber. Tem muita gente precisando e que vai ficar muito feliz com sua boa vontade”, disse.

Embora o processo de doação de sangue seja simples, seguro e rápido, apenas 1,8% da população brasileira doa sangue de forma regular. O número fica um pouco abaixo dos 2% ideais definidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), mas bem atrás dos 5% registrados em países da Europa.

Atualmente as doações de sangue atendem uma ampla variedade de necessidades médicas, desde pequenos procedimentos pré-planejados até cirurgias de emergência e tratamentos oncológicos. 

Quando o aposentado Raimundo José Pereira, 63, precisou realizar um cateterismo cardíaco, ele recebeu ajuda após sofrer um sangramento durante o procedimento. Para ele, é gratificante ver a mobilização que possibilita salvar inúmeras vidas. “Do lado de fora, você nunca sabe o que está acontecendo dentro de um hospital. Eu estive aflito e recebi ajuda de uma pessoa desconhecida. Precisamos agir, principalmente os jovens, para ajudar mais gente”, falou.

Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto e menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal dos responsáveis.

Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres no pós-parto não podem doar temporariamente

História por trás do 14 de junho

A história da doação de sangue é antiga, com as primeiras transfusões feitas através de pesquisas que antes eram pouco compreendidas pela sociedade.

As primeiras transfusões de sangue surgiram com base em experimentos em animais remontam ao século XVII, mais precisamente em 1665, realizadas pelo médico britânico, Richard Lower, em Oxford.

O médico conseguiu realizar transfusão de sangue entre dois cães com sucesso e sem grandes efeitos nocivos.

A ciência que cercava o tema do sangue logo cresceu a partir desse ponto, quebrando tabus e saindo da experimentação animal. Do progresso na tecnologia de transfusão a Karl Landsteiner descobrindo o sistema de tipo sanguíneo humano ABO para melhor determinar os doadores, as transfusões de sangue rapidamente se tornaram procedimentos básicos nos tópicos de saúde e na área médica.

Na sequência do sucesso do Dia Mundial da Saúde no ano 2000, que se concentrou na doação de sangue e na segurança das transfusões, os ministros da saúde de todo o mundo fizeram uma declaração unânime em maio de 2005, durante a 58ª Assembléia Mundial da Saúde, para designar o Dia Mundial do Doador de Sangue como um evento anual realizado todo dia 14 de junho, escolhendo o aniversário de Landsteiner para comemorá-lo.

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