A maior parte da energia produzida no Brasil provém de usinas hidrelétricas, considerada uma fonte limpa e renovável. Segundo dados do Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2021, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia, e informações de 2022 das associações das empresas do setor, as usinas hidrelétricas são responsáveis por 51,3% da participação na matriz elétrica brasileira, com uma capacidade de aproximadamente 109.400 gigawatts (GW). As informações são do Brasil em Mapas.
Entre as maiores hidrelétricas do Brasil estão a Itaipu Binacional, com capacidade de 14.000 GW (7.000 MW destinados ao Brasil e 7.000 MW destinados ao Paraguai), seguida pela usina Belo Monte, com 11,2 MW, e Tucuruí, com 8,5 MW. Doze estados, incluindo o Distrito Federal e São Paulo, têm a energia hidrelétrica como sua principal fonte energética. Os maiores produtores desta fonte são o Pará, com mais de 22,3 GW, e o Paraná, com 15,5 GW.
Os aumentos mais expressivos têm sido observados nas fontes eólica e solar, que impulsionam o crescimento das energias renováveis no país. A energia eólica, produzida a partir do vento, representa cerca de 12% da matriz elétrica brasileira, alcançando uma capacidade de 23,7 GW em 2022, um crescimento de 12,6% em relação ao ano anterior.
Os estados do Nordeste concentram os maiores parques eólicos, com destaque para Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará, Piauí, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraíba, Maranhão e Santa Catarina. Juntos, apenas Rio Grande do Norte, Bahia e Ceará possuem uma capacidade eólica superior à da usina hidrelétrica de Itaipu.
A energia solar fotovoltaica ocupa o terceiro lugar na matriz energética brasileira, representando cerca de 11,5% da participação, com mais de 22,0 GW de capacidade instalada. A produção solar centralizada teve o maior aumento, um crescimento de 64,3% em comparação ao ano anterior. Os maiores parques solares estão concentrados principalmente no Nordeste do país, destacando-se estados como Bahia, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
A fonte de gás natural ocupa a quarta posição na matriz energética brasileira com pouco mais de 8% da participação e uma capacidade de cerca de 17,0 GW. Os estados do Amazonas, Sergipe e Maranhão utilizam o gás natural em suas termelétricas como principal fonte de energia. Embora não seja uma fonte renovável, o gás natural é considerado uma opção mais limpa, pois produz baixo impacto ambiental e substitui combustíveis mais poluentes, como óleos combustíveis, lenha e carvão.
A fonte de biomassa ocupa a quinta posição na matriz elétrica brasileira, com pouco mais de 7% de participação, e uma capacidade de cerca de 17 MW. O estado do Mato Grosso do Sul se destaca como o único a utilizar a biomassa como principal fonte de energia em suas termelétricas renováveis.
Em contraste, fontes não renováveis, como o petróleo, carvão mineral, gás natural e energia nuclear, possuem uma participação menor na matriz energética brasileira. O petróleo e seus derivados, como o óleo diesel, representam 4% da participação e são a principal fonte de energia em quatro estados: Acre, Roraima, Paraíba e Pernambuco. O carvão mineral, considerado o combustível fóssil mais poluente e não renovável, possui uma participação de 1,7% no país e é utilizado como principal fonte nas usinas do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Já a energia nuclear possui uma participação de apenas 0,9%.
O Brasil se destaca internacionalmente por possuir uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, com 85% de suas fontes provenientes de energias renováveis, enquanto a média mundial é de 28%. Em termos de capacidade instalada de energia renovável, o Brasil ocupa a terceira posição global, com 185 GW, ficando atrás da China, com 1.020 GW, e dos Estados Unidos, com 325 GW. Outros países relevantes nesse aspecto são a Alemanha, com 138 GW, e o Japão, com 112 GW.