Dia 26 de abril é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, uma das principais causas de morte no país que atinge mais de 30 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os fatores de risco está a apneia obstrutiva do sono. Segundo o otorrino e cirurgião craniomaxilofacial Dr. Alfredo Lara, a apneia do sono pode tirar de 7 a 15 anos de vida do indivíduo, sobrecarregar o coração e gerar problema cardiovascular.
70% a 90% dos que sofrem de apneia do sono têm hipertensão arterial. Ao contrário, 30% a 35% dos pacientes com hipertensão arterial têm apneia do sono, condição caracterizada por roncos, engasgos e interrupções na respiração, se repetindo, no mínimo, cinco vezes em 60 minutos. O distúrbio desorganiza os movimentos respiratórios, diminui o oxigênio no sangue, superativa o sistema nervoso, aumenta o ritmo dos batimentos cardíacos e estimula a contração dos vasos sanguíneos, elevando os riscos de pressão alta.
Mais de 10% da população acima de 65 anos apresentam apneia do sono. Num estudo em 1993 entre pessoas de 30 a 60 anos, 9% das mulheres e 24% dos homens tinham índices altos do distúrbio e, em 1% a 3% dos casos, crianças. O estudo "Prevalência Global da Apneia Obstrutiva do Sono" apresentado pela ResMed em 2018 indica que a condição afeta 936 milhões pessoas no mundo; quase 10 vezes mais do que estimativas anteriores.
"Evitar dormir de barriga pra cima, excesso de álcool e fumo são iniciativas bem-vindas, além de alimentação e exercícios adequados. Como o excesso de peso é um dos desencadeadores, um estilo de vida saudável é fundamental, caso não haja distúrbios anatômicos ou obstáculos que dificultem a passagem de ar. Nestes casos, um tratamento cirúrgico é recomendado. Conhecer a origem do distúrbio é essencial para determinar as medidas de controle." comenta o Dr. Alfredo Lara.