Homem descontrolado decapita filho e acaba linchado por populares

O homem matou o filho menor de 4 anos.

Homem descontrolado decapita filho e acaba linchado por populares | Reprodução
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O agricultor Paulo Sérgio Pereira da Silva, de 32 anos, foi morto a pauladas e depois teve o corpo queimado por revoltosos de Castelo dos Sonhos, distrito do interior de Altamira, no Pará, na madrugada do último domingo, 26. Horas antes, Silva havia sido preso pela polícia por ter decapitado o próprio filho, de apenas 4 anos.

Na noite de sábado, 25, Silva chegou em casa embriagado, como de costume, segundo testemunhas.

Agressivo, como também não era raro, conforme relataram os vizinhos, passou a agredir a esposa e a ameaçar os dois filhos do casal com um facão. A mulher, cujo nome não foi revelado pela polícia, conseguiu fugir de casa. Ela ainda conseguiu levar consigo o filho mais velho, de 8 anos.

Uma vez na rua, a mulher foi acolhida por vizinhos, que acionaram a polícia. Minutos depois, o agricultor foi preso pela Polícia Militar, por volta das 21h30. O filho mais novo, de 4 anos, estava morto, com a cabeça separada do tronco. O cachorro da família e uma galinha também haviam sido decapitados.

Vizinhos relatam que o homem chegou a beber o sangue do cachorro antes de ser detido.

Encaminhado à delegacia de Castelo dos Sonhos, Silva não passou muito tempo preso. Segundo a Polícia Civil, cerca de 200 pessoas invadiram a delegacia, imobilizaram os homens de plantão (um escrivão, um investigador e quatro PMs) e arrancaram o agricultor da cela, no início da madrugada de domingo.

A fúria era tamanha que até um carro de propaganda-volante chegou a ser visto circulando pelas ruas para incitar o linchamento. Com pedaços de pau e de ferro, além de pedras, homens e mulheres mataram o homem a pancadas, a poucos metros de onde ele estava preso. Eles também incendiaram o corpo do agricultor.

O desafio da polícia, agora, é identificar e punir os principais responsáveis pelo linchamento. A dificuldade, de acordo com o órgão, será encontrar culpados em uma situação de agressão em massa.

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