João Alberto Freitas, de 40 anos, foi asfixiado por quase quatro minutos, diante de mais de 10 testemunhas em unidade do Carrefour, em Porto Alegre na última quinta-feira (19), segundo novas imagens obtidas e divulgadas pela Folha S. Paulo.
Outra detalhe que chama atenção é que é possível ver uma fiscal do estabelecimento filmando e observando o espancamento sem interferir na agressão. Beto Freitas foi velado e sepultado neste sábado (20) no cemitério São João, em Porto Alegre, sob pedidos de justiça e fim do racismo.
LEIA TAMBÉM: Saiba quem é o homem negro espancado até a morte no Carrefour
Nas imagens é possível ver que enquanto Beto Freitas estava sendo espancado e asfixiado, diversas pessoas passaram pelo local e não intervieram. Pelo menos de 17 pessoas estavam no local, sendo dois seguranças e 15 testemunhas, quando a vítima se mexe pela última vez.
Milena Borges Alves, companheira de Beto, aparece empurrando um carrinho de supermercado no momento em que os seguranças começam a sufocar a vítima. Ela tenta impedir e chega a ficar entre Beto e um segurança, mas é puxada para longe e até empurrada por funcionários do mercado. Impedida de reagir, ela assiste a morte de Beto Freitas.
Em 2018, 43.890 negros foram assassinados no Brasil, o equivalente a 120 pessoas por dia ou 5 por hora, segundo dados do Atlas da Violência, feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Na prática, a cada 12 minutos uma pessoa negra foi assassinada.
LEIA TAMBÉM: Famosos se manifestam após assassinato de homem negro no Carrefour
LEIA TAMBÉM: "Gritava que não conseguia respirar", diz amigo de negro assassinado