Um homem de 43 anos morreu após ser agredido pelo próprio vizinho, de 39, em Santos, no litoral de São Paulo. Christian Fernando da Silva teria ido conversar com Carlos Vinicius Gomes após ele ter danificado sua moto, quando foi surpreendido com socos e pontapés. O agressor foi preso horas após o ocorrido. As informações foram divulgadas pela polícia na manhã desta terça-feira (5).
Trabalhador portuário, a vítima teria ido falar com o agressor, no início da noite de segunda-feira (4), nas dependências do prédio em que morava, na Rua Cidade de Santos, na Ponta da Praia, após saber que ele teria danificado sua moto.
Segundo testemunhas, após uma breve conversa, Carlos, que atua como designer de pranchas, derrubou Christian no chão e o agrediu com socos e pontapés. Os relatos dados à polícia dão conta de que o agressor teria batido com a cabeça da vítima contra o chão por, pelo menos, dez vezes. Posteriormente, o suspeito alegou para a polícia que se sentiu em um 'round de MMA'.
Após o crime, o agressor fugiu pela rua. Vizinhos que ouviram gritos e presenciaram a cena acionaram equipes da Polícia Militar e o resgate do Corpo de Bombeiros. Christian chegou a ser socorrido para o setor de emergência da Santa Casa de Santos, mas não resistiu.
De acordo com o investigador do 3º Distrito Policial de Santos, Adriano Mattos, no endereço da vítima, as equipes da polícia tomaram posse de imagens da região do crime e informações sobre a as características do suspeito.
"A partir daí a Polícia Militar fez buscas e o detiveram em um trecho da Avenida Epitácio Pessoa, no Embaré", informou. Ele foi encaminhado para a delegacia, onde o pai do agressor já havia prestado depoimento.
"Ele relatou que o filho tinha problemas mentais que nunca foram diagnosticados, e que isso piorou após uma viagem à Europa", disse Mattos. Em depoimento, Carlos alegou ainda que havia furado a moto de Christian e que teve um 'round de MMA' com a vítima.
Christian Fernando Silva, 43, foi morto após ser agredido pelo vizinho, em Santos, SP — Foto: Reprodução/Facebook
"Ele disse frases desconexas, chegou a dizer que era perseguido por uma seita satânica. Foi possível notar sinais claros de desequilíbrio naquilo que ele falava", disse o investigador. Carlos acabou preso na unidade, onde a ocorrência foi registrada como sendo homicídio qualificado por motivo fútil. Ele foi recolhido à carceragem da unidade, onde permaneceu à disposição da Justiça.