Homem pobre pedala por 8 países para se casar com namorada

A história de Pradyumna Kumar Mahanandia arrancou muitas lágrimas

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A história de Pradyumna Kumar Mahanandia arrancou muitas lágrimas de usuários do Facebook. Indiano, ele pertencia à casta dos considerados "intocáveis", praticamente mendigos que não devem nem ser mencionados por integrantes de outras castas sociais. Pradyumna estava condenado a ser morador de rua sem dinheiro o resto da vida, mas um grande amor mudou completamente a vida dele.

Em 1973 ele ficou famoso por fazer um quadro da então primeira-ministra indiana Indira Gandhi e conseguir estudar na Universidade de Artes da capital Nova Déli. Na época do quadro, o estudante se tornou uma celebridade quase instantânea no País e até na Europa.

A sueca Charlotte Von Schedvin, também era estudante de arte, mas em Londres, leu sobre o trabalho dele e foi até a Índia, após se encontrarem, ele pediu que Pradyumna fizesse um retrato dela, ele ficou encantado com sua simplicidade e se apaixonou pela sua beleza.

Os dois viveram juntos no país por diversos anos, enquanto ele terminava os estudos. Ainda na Índia, os dois se casaram de acordo com as tradicionais cerimônias do país e fizeram planos para o futuro. Charlotte até assumiu o nome indiano de Charulata, e alugou uma pequena casa no país.

Mas uma série de problemas familiares obrigaram Charlotte a voltar para a Suécia após o marido terminar os estudos. A família de Charlotte (que tinha fortes ligações com a realeza do país) ofereceu uma passagem de avião para Pradyumna, mas ele recusou.

Como um indiano da casta mais baixa do país, na cabeça dele, aceitar a passagem era um prenúncio de que seria eternamente um "intocável", mendigo. Por isso ele resolveu chegar até Charlotte de uma forma que não precisaria de dinheiro: de biciclieta./Para conseguir comprar a bicicleta e suprimentos para a viagem, além de transportar parte de suas telas, pincéis e tintas, ele vendeu literalmente todos os poucos bens que possuía. Então ele começou sua jornada, que passou pelo Afeganistão, Irã, Turquia, Bulgária, Iugoslávia, Alemanha, Áustria e Dinamarca.

No caminho, sua bicicleta quebrou "incontáveis vezes", além de Pradyumna ficar sem comida por vários dias, foram quatro meses e três semanas de viagem até chegar em Gotemburgo, na Suécia.

Ao ser interrogado pela Imigração Sueca, eles mal puderam acreditar no motivo de toda aquela viagem. Para provar que tudo o que dizia era verdade Pradyumna mostrou as fotografias do casamento dele na Índia.

A história foi ainda mais acreditável por Charlotte ter sangue real e se casar com um indiano da casta mais inferior possível. De fato, eles se casaram de novo e continuaram sua história de amor.

Pradyumna foi a primeira pessoa não branca que foi aceita pela família real sueca, uma vez que existia uma antiga regra que proibia a realeza de se casar com pardos e negros. Já são 40 anos de casamento e hoje Pradyumna é embaixador cultural entre Suécia e Índia.

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