Os problemas envolvendo os serviços oferecidos pela Eletrobras Distribuição Piauí, antiga Cepisa, são constantes no Estado. Mas para Juarez Rodrigues de Miranda eles tomam proporções ainda maiores. O aposentado sofre de apnéia, um transtorno do sono, e precisa de um aparelho ligado à eletricidade para dormir. O equipamento libera oxigênio e, sem ele, o aposentando pode até sofrer parada cardíaca.
No entanto, no lugar onde Juarez Rodrigues mora, em uma rua próximo ao mercado do Dirceu II, zona Sudeste da Capital, falta de energia diariamente. ?Quarta foi de 13h até de noite. Não tem um dia que não falte?, relata ele. Revoltado com essa situação que já existe há algum tempo, o filho do aposentado, Naldo Rodrigues Miranda, resolveu denunciar. ?Eu ligo para lá e eles dizem que é a oscilação da energia, mas nunca resolvem nada?, reclama Naldo.
O homem trabalha como vigilante à noite. Além do problema enfrentado pelo pai, o filho também sofre, pois não consegue dormir durante o dia por causa do calor. ?Aqui não tem nenhuma ligação elétrica irregular. A gente chega a pagar mais de R$ 100,00 por mês e ainda precisa passar por tudo isso??, questiona Naldo Rodrigues.
Ele pretende entrar com ação contra a Eletrobras Distribuição Piauí, mas não sabe para que meios legais pode recorrer. Nesse caso, existem duas opções viáveis: uma delas é o Ministério Público, que tem responsabilidade sobre esse tipo de denúncia. A outra alternativa é apelar para o Procon, pois os usuários do serviço são também consumidores.
No ano passado, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Cepisa foi eleita a distribuidora do Nordeste que deixa os consumidores mais tempo sem garantir o serviço. Em média, o piauiense passa 47 horas por ano sem eletricidade, devido os cortes no fornecimento.