No dia 14 de março, durante a limpeza da fachada de um prédio em Curitiba, Mayk teve sua corda cortada por Raul Ferreira Pelegrin, morador da cobertura. O caso, divulgado pelo Ministério Público, ganhou destaque e, nesta quinta-feira (28), Mayk falou sobre o incidente no programa Encontro com Patrícia Poeta.
Ele recordou que estava trabalhando desde cedo e, após o horário de almoço, voltou ao serviço. Ao perceber a corda afrouxando, sentiu desespero, pois aquilo não era normal.
Mayk relatou que seu supervisor testemunhou o momento em que Raul cortou a corda e que ficou sem entender a motivação do ato. Ele também mencionou que houve uma ameaça a outro colega antes do incidente.
O trabalhador revelou suas dificuldades em retornar ao trabalho após o ocorrido e destacou que não houve conflito prévio com Raul. Além disso, mencionou um episódio de racismo em outro dia de trabalho. Raul foi preso em flagrante, e itens como um pedaço de corda e uma faca foram encontrados em seu apartamento.
Entenda o caso:
Raul Ferreira Pelegrin, morador da cobertura de um prédio em Curitiba, é acusado de cortar a corda de um trabalhador que realizava a limpeza da fachada do edifício. A vítima estava a uma altura de 18 metros, porém, não caiu graças a um dispositivo de segurança.
O QUE DIZIA O BOLETIM DE OCORRÊNCIA? O Boletim de Ocorrência preenchido sobre o caso releva que Pelegrin já havia ameaçado os funcionários do prédio. "O mesmo havia dito que iria cortar todas as cordas de todos os funcionários, caso não se retirassem".
O QUE RELATOU A TESTEMUNHA? A polícia civil ouviu uma testemunha que estava no telhado. Segundo ela, o homem disse que estava de "saco cheio" e daria dez minutos para os funcionários "sumirem" de lá antes de cortar a corda.
APURAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL: Após o incidente do corte da corda, a polícia civil foi acionada. Após forçarem a entrada em um dos quartos da cobertura, Pelegrin foi identificado pela vítima e detido. Durante a revista no apartamento, os policiais encontraram a faca usada no crime e um pedaço da corda. Segundo o MP, o motivo do crime ainda não foi esclarecido. Durante o interrogatório, o indivíduo optou por permanecer em silêncio e afirmou "não saber os motivos de ter sido conduzido à delegacia".
A DEFESA DO ACUSADO: Os advogados de Pelegrin alegaram que ele é dependente químico e, portanto, solicitaram sua liberação por meio de um pedido de habeas corpus. A defesa também afirmou que ele seria encaminhado a uma clínica de reabilitação. No entanto, a Justiça negou o recurso e determinou que o homem permanecesse detido preventivamente na Cadeia Pública de Curitiba.