O Conselho Municipal de Saúde decidiu, em audiência pública realizada durante toda a manhã desta quinta (07) que o Hospital do Dirceu II passará por uma reforma parcial. O presidente da Fundação Municipal de Saúde, Charles Silveira, anunciou que a obra será concluída em 8 meses e custará R$ 1. 490.260, 63. Com o fechamento, mais de seis mil pessoas que são atendidas pelo hospital terão que se dirigir à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Renascença, para casos de urgência, e às demais Unidades Básicas de Saúde (UBS), para atendimento ambulatorial.
Apenas o ambulatório do hospital estará em pleno funcionamento. As internações, urgências e setor de nutrição serão fechados para obras. Dos conselheiros presentes, 16 votos foram favoráveis à reforma parcial e 10 contra. O presidente da FMS, Charles da Silveira, garantiu que a reforma deve iniciar no começo de março e vai significar melhoria no atendimento. Ele afirmou ainda que a transferência parcial dos serviços não compromete a qualidade do atendimento pela Upas e UBS.
“Ouvimos grande parte da população e assumimos um compromisso de apresentar uma readequação do projeto para a interdição parcial do hospital com reforma em 8 meses, onde ficaria funcionando o ambulatório e parte da urgência ficará fechada sendo atendida na UPA do Renascença. A construtora está assegurada que não vai faltar dinheiro e que a obra seja entregue dentro do prazo estabelecido”, afirmou o presidente da FMS. Ele acrescentou ainda que quem precisar de internação, será encaminhado para um dos 10 hospitais da rede municipal.
Os funcionários também serão transferidos. “Os funcionários transferidos para outras unidades de atendimento retornaram ao seu local de origem ao fim da obra”, disse. Um novo laudo técnico apresentado pela gerente de Engenharia da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Carol Bastos, apontou melhorias e novas adequações ao prédio que tem 38 anos. Feito o reestudo, após as audiências que já haviam ocorrido antes com as lideranças, apenas a parte ambulatorial continuará funcionando e não deixará a população totalmente desassistida.
Reforma parcial causará menos prejuízos à população
O Presidente do Conselho Municipal de Saúde, Ivan Cabral, afirmou que a reforma parcial trará menos prejuízos à população. “Os conselheiros tiveram liberdade e decidiram pela reforma parcial do hospital e essa decisão é a que trará menos trauma a sociedade que precisa daquela unidade no Dirceu”, afirmou Ivan Cabral, que esteve à frente das negociações desde o início das audiências realizadas na comunidade.
Os moradores da zona Sudeste reivindicam que o hospital continue a exercer sua função que consideram de excelência para eles, mesmo que os atendimentos prestados nas UBS e Upas fiquem superlotados. A moradora do bairro Dirceu e uma das conselheiras, Adaligiza Costa, 65 anos conhece há tempos o atendimento dado a sua família pela unidade de saúde e se manteve favorável.
“Defendemos o fechamento parcial porque a Upa do Renascença não suporta a demanda que é atendida no Dirceu e isso vai superlotar. Depois dessa nova proposta não vamos perder o atendimento pelo menos ambulatorial”, declarou.