'Houve roleta-russa do trânsito', diz especialista sobre acidente

A conversão feita pelo carro Fusca, segundo ele, estava correta.

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Avenida Miguel Rosa, na altura do local onde ocorreu o grave acidente de trânsito por volta das 23h de domingo, dia 26 de junho, que vitimou os dois irmãos  Bruno Queiroz e Francisco das Chagas Junior e deixou gravemente ferido o jornalista Jader Damasceno, possui sinalização, faixa de pedestre e acessibilidade. Todos esses fatores, no entanto, foram desrespeitados, como afirma Sandro Costa, especialista em trânsito, que analisou o vídeo que mostra o exato momento do acidente com os membros do coletivo “Salve Rainha”. 

“O fato principal foi a imprudência do condutor no que diz respeito à sinalização. Ele invadiu o sinal vermelho e vinha com excesso de velocidade. Ele, infelizmente, vitimou os dois jovens que inclusive eram irmãos. Então, esse acidente poderia facilmente ter sido evitado, caso esse condutor, que é o causador do acidente, respeitasse a sinalização semafórica e andasse na velocidade normal que não era a que ele estava no momento”, afirmou.

De acordo com o especialista, houve uma espécie de 'roleta-russa do trânsito', isto é, o sinal estava fechado para o condutor que, sabendo dos riscos, proseguiu. “Sim, com certeza. Se ele invadiu naquela velocidade [supostamente 160k/m] nesse cruzamento, em outros anteriores ele vinha fazendo a mesma coisa. O jovem, geralmente quando dirige em excesso de velocidade, ele pode estar alcoolizado, desrespeitando totalmente a sinalização. Isso é uma coisa que poderia facilmente ter sido evitada, se houvesse, claro, respeito a nossa sinalização e maior consciência dos condutores quando estiverem transitando nas vias", afirmou. 

O especialista alerta sobre a combinação perigosa entre álcool e direção. “O álcool traz excitação na pessoa que acha que nada acontece com ele. Então, ele faz coisas que está fora de sentido. Essa é uma das grandes causas de mortes em nosso país, que é a questão do excesso de velocidade. E também o uso do álcool na condução dos veículos”, acrescentou.

A conversão feita pelas vítimas que seguiam no Fusca estava correta, segundo o especialista. “Esse cruzamento tem um semáforo que chama de dois tempos que permite você ir em frente, permite dobrar a direita ou a esquerda. O caso do Fusca, que foi acidentado, ele estava totalmente correto. Ele fez a conversão a esquerda correta, já que estava fechado para o outro que vinha no sentido contrário. Ele invadiu, pegou (literalmente) no meio do fusca e saiu arrastando cerca de 50 metros", declarou. 

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