HU-UFPI fará Mutirão de Combate e Prevenção à Hanseníase
O Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), filiado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), promoverá um mutirão nesta terça-feira (29), dentro da programação estadual do Janeiro Roxo – campanha mundial de combate e prevenção à hanseníase.
A atividade terá início às 8h e se estenderá por toda a manhã. Qualquer pessoa com suspeita da doença poderá se consultar. “Quem perceber alguma mancha na pele, por exemplo, deve nos procurar”, avisa Paula Rejane, enfermeira da equipe.
A Unidade de Clínica Médica do hospital disponibilizará duas dermatologistas, três médicos residentes, duas enfermeiras, uma terapeuta ocupacional e uma fisioterapeuta. “Será um dia de intensificação do diagnóstico de casos de Hanseníase para chamar a atenção desta doença, ainda altamente prevalente, e que pode evoluir deixando incapacidades físicas, que são causa de estigma e preconceito”, explica Ana Lucia da Costa,dermatologista do HU-UFPI.
Os principais sintomas da doença são manchas avermelhadas, esbranquiçadas ou amarronzadas, com diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, ao tato e à dor; caroços avermelhados, às vezes doloridos; sensação de choque com fisgadas ao longo dos braços e pernas; áreas com diminuição de pelos e suor; e o engrossamento do nervo que passa pelo cotovelo, levando a uma perda da força do quinto dedo da mão.
Dermatoneurológica e infectocontagiosa, a hanseníase é curável, mas seus danos neurais não são revertidos, daí a importância do diagnóstico precoce. O HU-UFPI é referência no estado no diagnóstico e tratamento da doença. “O esforço é tentar fazer diagnóstico e tratamento precoces, tanto para quebrar a cadeia de transmissão da doença quanto evitar as incapacidades”, complementa Costa.
A incidência da hanseniase no Brasil ainda é considerada alta para a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2017, o país teve aumento de 5,8% de casos em relação ao ano anterior, chegando a 26 mil casos, segundo dados do Ministério da Saúde.
O Janeiro Roxo no Piauí tem o apoio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), da Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS), da UFPI, da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas por Hanseníase (Mohran/PI).