Ibovespa fecha abaixo dos 100 mil pontos pela 1ª vez em mais de um mês

Nesta segunda-feira, índice fechou a 99.595 pontos, queda de 1,73%.

Ibovespa | Divulgação
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A bolsa de valores brasileira, a B3, caiu nesta segunda-feira (17) com a primeira etapa da sessão marcada pelo vencimento de opções sobre ações e os investidores monitorando o futuro da política fiscal do país.

O Ibovespa teve queda 1,73%, a 99.595 pontos. Veja mais cotações.

A temporada de balanços no Brasil é relativamente tranquila nesta segunda-feira, com Magazine Luiza entre os destaques, mas com divulgação prevista apenas após o fechamento do pregão. Destaque do dia fica com ações de processadoras de carne com a notícia que frigoríficos suspenderam venda para a China. Marfrig subiu próximo de 5%. JBS e Minerva, acima de 2%.

Na sexta-feira, a bolsa fechou em alta de 0,89%, 101.353 pontos, acumulando queda de 1,38% na semana. Na parcial do mês, passou a acumular queda de 1,51%. No ano, o Ibovespa tem baixa de 12,36%.

Cenário

No exterior, Wall Street abriu em alta, mas passou a mostrar desempenho misto, com o mercado em Nova York também na expectativa de resultados de varejistas nesta semana.

Animando o sentimento dos mercados asiáticos, o banco central da China emitiu empréstimos de médio prazo no valor de 700 bilhões de iuanes (US$ 100,86 bilhões) para instituições financeiras nesta segunda-feira (17), rolando cerca de 500 bilhões de iuanes com vencimento em agosto e injetando outros 150 bilhões. O banco central deixou os custos de empréstimos inalterados.

Os índices acionários da China fecharam no nível mais alto em mais de um mês. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 2,35%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 2,34%. Ambos chegaram ao maior nível de fechamento desde 13 de julho.

Na Europa, os índices acionários fecharam em alta uma vez que as mineradoras expostas à China saltaram com novos estímulos na segunda maior economia do mundo, mas preocupações com o ressurgimento de casos de coronavírus na região limitaram os ganhos.

O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,37%, a 1.432 pontos, enquanto o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhou 0,32%, a 369 pontos.

Por aqui, os economistas do mercado financeiro reduziram mais uma vez a previsão para o tombo Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, revisando a estimativa de uma redução de 5,62% para 5,52%, segundo o boletim Focus do Banco Central.

Essa foi a sétima semana seguida de melhora do indicador. O governo estima que o PIB vai contrair 4,7% este ano. O IBGE divulgará os dados sobre o segundo trimestre em 1º de setembro.

Já a estimativa de inflação para 2020 foi elevada de 1,63% para 1,67%. Após a queda para a mínima histórica de 2% ao ano na semana passada, o mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros da economia, a Selic, neste patamar até o fim deste ano.

Ainda internamente, o olho do mercado está no desenrolar da agenda fiscal no Brasil. Segundo o blog do Valdo Cruz, a prioridade do governo de Jair Bolsonaro neste segundo semestre não são as reformas tributária nem administrativa, mas aprovar no Congresso Nacional a prorrogação do auxílio emergencial e a criação do programa social Renda Brasil. O Palácio do Planalto, inclusive, já orientou alguns líderes a começar as negociações neste sentido.

Os investidores seguem atentos a Brasília e as discussões em torno do orçamento de 2021 e preocupações sobre o cenário fiscal do país em meio às discussões e declarações divergentes do governo Bolsonaro sobre a manutenção ou flexibilização do teto de gastos.

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