Uma empresária britânica que engravidou aos 66 anos de idade e está prestes a se tornar a mulher mais velha do país a dar à luz disse que não tem que defender sua posição.
Elizabeth Adeney, do condado de Suffolk, está grávida de oito meses depois de ter passado por tratamento de fertilização in vitro na Ucrânia, segundo informações do jornal Sunday Mirror.
Ela disse ao jornal que sua idade não é importante, afirmando que o que importa é o que "eu sinto por dentro".
Adeney declarou que se sente tão jovem quanto aos 39 anos de idade, e que é mais saudável do que algumas de suas funcionárias mais jovens.
"Não me interessa se vou ser a mãe mais velha do país", disse ela ao jornal, antes de revelar que pretende ter o filho em uma clínica em Cambridge.
A maior parte das clínicas britânicas não oferece tratamento de fertilização artificial para mulheres acima de 50 anos.
Saudável
Adeney, que é dona de uma empresa fabricante de produtos plásticos e vai completar 67 anos em julho disse: "Tenho meninas jovens trabalhando em minha fábrica, e estou em melhor forma do que metade delas".
"Não tenho que defender o que fiz. É entre mim e meu bebê e mais ninguém."
O médico italiano Severino Antinori, que ajudou a britânica Patrícia Rashbrook, de 62 anos, a engravidar e dar à luz três anos atrás, disse que ficou chocado com a gravidez de Adeney.
"Eu respeito a escolha médica, mas acho que engravidar depois dos 63 anos é arriscado, porque você não pode garantir que a criança vai ter uma mãe para cuidar dela, ou uma família", disse o pioneiro do tratamento de fertilização in vitro para mulheres mais velhas ao jornal Sunday Times.
Mas outros médicos discordam, afirmando que a expectativa de vida aumentou, e que uma mulher saudável aos 66 anos de idade pode esperar viver mais 20 ou 30 anos.
Usar o óvulo de uma doadora mais jovem reduz os riscos de aborto ou anomalias na criança, disse à BBC a médica Gillian Lockwood, do Royal College of Obstetricians and Gynaecology.
Para Lockwood seria "injusto" discriminar apenas com base na idade. "A gente não impede que mulheres muito mais jovens, com sérios problemas de saúde, engravidem... mesmo que elas apresentem riscos muito maiores", completou.