"Nunca é tarde para estudar", é o que disse o idoso Fabiano Bessa, de 65 anos, ao conseguir a aprovação na faculdade de medicina. Natural de São Luís, no Maranhão, ele compartilhou em suas redes sociais, a emoção e inspiração de ter realizado o sonho.
Nas imagens, o empresário comemora o ingresso na faculdade de medicina. Ele aparece com o corpo pintado e raspando a cabeça para comemorar a entrada na faculdade. A cena conta com mais de 7,6 milhões de visualizações.
Ao Portal BHAZ, Fabiano Bessa contou que cursar medicina era um sonho antigo, mas que acabou ficando de lado. “Eu passei em um concurso e fiz carreira no banco. Por causa disso, eu deixei o curso de lado, mesmo sabendo que não era aquilo que eu queria”, explicou.
Depois de alguns anos, ele resolveu abrir uma empresa, que enfrentou dificuldades na pandemia. “Eu quebrei durante a pandemia e foi aí que eu disse ‘rapaz, eu vou estudar’. Vou realizar meu sonho que é fazer medicina”, lembra.
A partir daí, Fabiano se dedicou aos estudos, prestou vestibulares e a conquista veio. Agora, ele vive a rotina de um acadêmico de medicina. “O curso de medicina é um curso muito difícil. É arrochado mesmo. Tem dia que eu vou pra aula 7h30 e só chego em casa às 19h30. Não dá tempo nem de almoçar, porque é integral”.
Apesar dos dias cansativos, ele narra tudo com muita animação. “Tudo que a gente aprende já coloca em prática. Estou indo até na UBS”, diz.
MOTIVAÇÃO
O idoso ainda falou sobre o caso de etarismo contra uma mulher de 44 anos em uma faculdade de São Paulo. Ele fez questão de ressaltar que nunca é tarde demais para estudar.
“A pessoa que pensa que alguém com uma certa idade não pode realizar seus sonhos tem que mudar muito a cabeça. Tem que melhorar muito o pensamento”, diz ele. “Está faltando inteligência para uma pessoa dessas. Acho que não tem idade para estudar. Precisa ter boa vontade e querer”, define.
“Acho que o desafio maior que a gente encontra é o etarismo da sociedade. Até os amigos acham que a gente está velho demais para entrar na faculdade”, comenta
Fabiano também fala sobre os planos para o futuro e diz que quer ser um médico de família. “Sou muito humano, eu gosto de ajudar as pessoas. Eu vejo que nas periferias tem uma carência muito grande de médicos. E é com esse público que eu pretendo trabalhar”, finaliza.