Imagens mostram irmão de ator ao decolar de parapente

Ela morreu depois de cair de altura de mais de 30 metros.

Ela morreu depois de cair de altura de mais de 30 metros. | Divulgação
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Imagens gravadas por um internauta mostram a jovem Priscila Boliveira, de 24 anos, ao decolar do parapente momentos antes do acidente em São Conrado, na Zona Sul do Rio, neste domingo (25). A vítima, irmã do ator Fabrício Boliveira, morreu após despencar de uma altura de cerca de 30 metros. O instrutor não sofreu ferimentos.

Renata disse que o instrutor teve que desembaraçar o parapente e arrumá-lo de novo para o outro salto, o que demorou bastante. E tiveram ainda que esperar o tempo melhorar devido à neblina. Ainda de acordo com ela, o instrutor teria perguntado várias vezes à jovem se ela queria mesmo saltar, se estava preparada, se não estava com medo.

?Ele então explicou que ela deveria correr junto com ele. Ele dizia: ?Você tem que me ajudar, tem que continuar correndo até quando não tiver mais chão?. Ele explicou que só quando estivessem no ar é que ela deveria se sentar. Mas logo que saltaram deu para perceber que alguma coisa tinha acontecido, porque ela escorregou, ficou abaixo dele, o que não é normal. Todo mundo ficou comentando que alguma coisa tinha acontecido?, lembrou Renata.

A polícia vai fazer perícia no parapente e nas correias de segurança para tentar entender o que aconteceu.

Irmão diz que câmera de parapente sumiu

Após saber do acidente, o ator Fabrício Boliveira afirmou que a câmera normalmente levada nesse tipo de voo, e que pode ter registrado o acidente, desapareceu. "Tem uma câmera sumida, que é a câmera que ela carregou durante o voo. Eu quero que essa câmera apareça e que se faça justiça. Se esse cara não estava preparado para poder fazer um voo desse, não tinha de fazer", disse ele em relação ao instrutor.

Na noite de domingo, o advogado do instrutor Alan Figueiredo, Marco Aurélio Gomes Araújo, ao deixar a 15ª DP (Gávea), onde seu cliente prestou depoimento, disse que o instrutor viu algo errado no equipamento de segurança de Priscila segundos depois da decolagem. Ele disse ainda que a dupla já havia caído antes de saltar e por isso houve duas decolagens. Segundo o advogado, o instrutor tem 12 anos de profissão.

?Não houve falha humana. Ele (o instrutor) disse que agarrou a Priscila como podia, com as pernas e com os braços, porque o interesse dele era ir para água. Houve duas decolagens, na primeira, o parapente caiu na rampa, eles voltaram e não sabemos se a Priscila mexeu nos equipamentos que prendem ela. Depois eles voltaram para rampa e eles fizeram uma segunda decolagem. Essa segunda decolagem foi certa. O que ele disse foi que, quando ele decolou, ela estava mais abaixo e percebeu que ela estava escorregando, então agarrou ela. Quando se voa, tem que segurar os comandos do parapente. Ele deixou os comandos soltos para segurar ela?, disse o advogado.

Amigos acreditam em falha na segurança

Amigos da vítima acreditam que houve falha em equipamentos. O Clube São Conrado de Voo Livre, responsável pelo salto, nega.

A assessoria do clube lamentou o ocorrido e alegou que foi ?uma fatalidade". O clube informou que ?o índice de incidentes é muito baixo. Todos os instrutores tomam todas as precauções necessárias para a segurança das pessoas. Acidente como esse nunca ocorreu?.

Vinícius Cordeiro, diretor de Comunicação do Clube São Conrado de Voo Livre, disse que eles também vão investigar o caso.

?Aconteceu uma fatalidade.O voo livre está chocado com isso, a gente sente a dor dessa família, nunca aconteceu antes na história do voo livre no Rio de Janeiro e a gente tem que descobrir o que aconteceu?, disse Vinícius.

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