Imersão na cozinha contribui para sociabilidades e autonomia de crianças

Especialistas apontam que o ato de cozinhar é uma estratégia favorável para desenvolver habilidades e senso de responsabilidade na criançada

Imersão na cozinha contribui para sociabilidades e autonomia de crianças | Ascom
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O ato de brincar possui relevância significativa para o desenvolvimento global das crianças e adolescentes, pois ao fazer isso trabalham suas potencialidades de maneira facilitada sem deixar a diversão de lado. Sem dúvida, é possível associar os momentos de descontração a oportunidades de aprendizados diversas e muito enriquecedoras para a formação dos pequeninos. Uma excelente estratégia para os pais ou responsáveis utilizarem com a criançada de sua convivência é a prática de cozinharem juntos. Essa é uma ótima maneira de impulsionar sociabilidades, equilíbrio físico, emocional e desenvolver os aspectos cognitivos, sociais, afetivos e físicos.

Na cozinha, os pequeninos podem construir mais autonomia para tomada de decisões assim como os aspectos de mobilidade quando, por exemplo, precisam auxiliar no corte ou adicionar ingredientes à receita. Além disso, de acordo com a professora de Gastronomia, Ana Cristina Araújo, quando pais e filhos se unem na cozinha, uma oportunidade única de conexão e aprendizado se abre, “criando memórias que durarão por toda a vida. Cozinhar juntos é uma experiência que vai além da nutrição física, trazendo benefícios emocionais, educacionais e sociais para toda a família”, ressalta.

Para incrementar a vivência dos pequeninos durante as refeições, é possível estimulá-los de formas criativas no preparo de comidas saudáveis e divertidas. Toda criança é curiosa e é estratégico utilizar isso de maneira positiva. Segundo Ana Cristina, uma das principais vantagens de cozinhar em família é o fortalecimento dos laços afetivos. “Enquanto compartilham o espaço na cozinha, pais e filhos têm a oportunidade de conversar, rir e trabalhar em equipe. Enquanto aprendem a preparar alimentos, as crianças adquirem conhecimentos valiosos sobre nutrição, higiene e matemática. A prática de cozinhar juntos também pode ser uma excelente maneira de passar adiante receitas tradicionais e culturais”, pontua.

A professora Ana Cristina propõe dicas de alimentos que podem facilmente ser preparados junto com as crianças. “Cookies, podendo ser moldados de diversas maneiras e decorados de várias formas. Pizza caseira, na qual a criança pode escolher seus próprios ingredientes e personalizar sua pizza. Cupcakes, já que as crianças adoram e também podem misturar a massa e decorar com glacê e confeitos. Os sanduíches podem ser criados de diversas formas e com ingredientes coloridos. Além disso, salada de frutas, panquecas e variedade de frutas”, sugere.

Ato de cozinhar também ajuda no bem-estar mental das crianças

Importante mencionar que, para além do ato de se alimentar adequadamente, quando as crianças testam suas habilidades na cozinha (sempre sob observação de uma pessoa adulta), isso pode impactar positiva e favoravelmente no seu desenvolvimento enquanto pessoa. De acordo com a professora e psicóloga Kalina Galvão, a vivência nas atividades na cozinha auxilia na autonomia e segurança da criança. “Falo de crianças responsáveis, que cumprem regras e que conseguem manter um diálogo que transmita suas vontades, mas que também respeite os pedidos dos adultos. A cozinha é um lugar super apropriado para a criança criar autonomia”, ressalta.

Existem diversos benefícios para as crianças a partir dessa imersão culinária. De acordo com a psicóloga Kalina, “ela começa a desenvolver a coordenação motora necessária para quebrar um ovo sem derrubá-lo fora do pote e a descascar algum alimento sem grandes dificuldades. Ao demonstrar confiança em uma criança, você gera um senso maior de responsabilidade sobre suas ações. Ao se envolver nas tarefas da cozinha, a criança tende a participar mais também dos afazeres domésticos, tornando-se mais cooperativa”, conta. Além disso, “a criança aprenderá que para cozinhar é necessário muita organização e paciência, habilidades indispensáveis para muitos outros momentos da vida. Sem contar que ao cozinharem têm contato com novos alimentos e texturas, o que pode ajudar a quebrar a barreira com ingredientes desconhecidos”, afirma a especialista. 

Portanto, é possível estimular crianças e adolescentes a terem mais conhecimento de práticas alimentares a partir de experiências imersivas na cozinha. Essa interação proporciona ganhos significativos e indispensáveis para as relações de sociabilidades da criança com a família, amigos e com elas mesmas.

Estudantes veem impacto positivo da Gastronomia no mercado de trabalho

O graduando do segundo período do curso de Gastronomia, Thiago Pinheiro, sempre foi um amante da arte de cozinhar. “Esqueço todos os problemas e sinto uma paz quando estou na cozinha”, pontua. Ele também vê positivamente a ampliação da área. “Por isso, a importância do curso em um meio de expansão cultural, que permite conhecer novas culturas a fundo. Sem dúvida, irá me qualificar para trabalhar em qualquer lugar do mundo nesse ramo. Não tive dúvidas em escolher a Facid”, afirma. Thiago também participou de entrevistas de televisão em que pôde compartilhar seus aprendizados a partir de receitas e vivências gastronômicas oriundas de suas aulas.

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